Saúde da capital promove testagem e vacinação contra hepatites B e C neste sábado (18)

Campanha "Hepatite Zero" oferecerá aplicação de testes e vacinas para a população na zona oeste

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realiza neste sábado (18), a campanha “Hepatite Zero”, com o objetivo de executar ações de combate à doença na capital. Mais de 1.200 testes de hepatites virais B e C, 400 doses de vacina contra a hepatite B e cerca de 500 preservativos estarão disponíveis nesta primeira ação, que acontecerá, em parceria com o Rotary Distrito 4563, no portão 1 da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste.

Também haverá uma conscientização da população sobre prevenção, proteção e a necessidade de fazer o teste das hepatites B e C, incluindo a vacinação para hepatite B, voltada a maiores de 18 anos de idade que não tenham comprovação de vacinação e expressam o desejo de tomar a dose.

“As hepatites virais B e C são um problema mundial de saúde pública devido ao grande número de pessoas com essas doenças e se apresentam, na grande maioria dos casos, sem sintomas. Ainda existe o agravante de se tornarem doenças crônicas com evolução grave ao longo dos anos, como cirrose e câncer de fígado. Devido a essas características, é necessário fazer busca ativa para diagnosticar possíveis casos por meio de exames de sorologia convencional ou de teste rápido”, explica Juliana Almeida Nunes, diretora da Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da SMS.

Plano de Eliminação das Hepatites Virais
A capital integra o Plano de Eliminação das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, que tem o desafio de reduzir, até 2030, em 90% as novas infecções dos tipos B e C e em 65% o número de mortes associadas.

A SMS realiza, na rotina dos serviços, uma busca ativa de pessoas com hepatites. Equipes de saúde das unidades detectam, entre os pacientes que estão em consulta ou durante um curativo, pessoas que epidemiologicamente têm maior possibilidade de ter adquirido essas infecções, como indivíduos a partir de 40 anos de idade ou que receberam transfusão de sangue e derivados antes de 1993; cidadãos que usam ou usaram drogas injetáveis; pessoas que moram, têm contato ou compartilham objetos como seringas e agulhas; lâminas de barbear com pacientes com hepatite B ou C; além de todas as gestantes a fim de prevenir a transmissão vertical. Após essa triagem, são oferecidos os exames necessários para identificação das hepatites B e C.

No caso de pessoas com diagnóstico positivo e que não voltam para o tratamento, as equipes de saúde entram em contato e fazem visitas em domicílio a fim de convencê-las sobre a importância do devido acompanhamento.

Para realizar os exames de hepatite B ou C, o munícipe deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), um Serviço de Atenção Especializada (SAE) ou um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funcionam diariamente. É importante levar a carteira de vacinação para avaliação da vacina de hepatite B.