Dia do Acupunturista reconhece profissionais e os benefícios da terapia milenar

Estabelecida como especialidade médica, acupuntura requer habilidades e conhecimentos específicos; na rede municipal, ela integra as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs)

Um dos recursos terapêuticos da Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura tem mais de três mil anos e consiste na inserção de agulhas em determinadas partes do corpo, para prevenir e auxiliar no tratamento de problemas físicos e mesmo emocionais, buscando o equilíbrio e a melhor qualidade de vida dos pacientes.

O dia 23 de março, Dia Mundial do Acupunturista, é dedicado ao reconhecimento dos profissionais que atuam na área pelos serviços prestados à sociedade. No Brasil, a acupuntura é reconhecida como especialidade médica desde 1995, e desde 2006 integra as terapias reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda a acupuntura aos seus estados-membros e tem produzido trabalhos científicos atestando a sua eficácia e segurança. A terapia é indicada no tratamento de processos inflamatórios, doenças respiratórias, neurológicas, ortopédicas e reumatológicas, além de patologias hormonais e endocrinológicas.

Na capital, a terapia é ofertada dentro das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, as PICs, cuja disponibilidade por região e unidade pode ser conferidas aqui. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS a pacientes de todas as idades.

Conheça as diretrizes da acupuntura:
• abordar o indivíduo na sua integralidade nos seus aspectos, físicos e emocionais, levando em conta o meio ambiente e suas estações climáticas;
• fortalecer a relação médico-paciente como um dos elementos fundamentais na terapêutica, promovendo a humanização do atendimento;
• atuar na prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde;
• aliar as práticas corporais e meditativas aos procedimentos em acupuntura, incentivando a prática do autocuidado;
• contribuir para uma melhor resolutividade dos problemas de saúde da população, principalmente no alívio das dores em geral, insônia, depressão leve, síndrome do pânico, sequelas de AVC e muitas outras doenças;
• contribuir para o uso racional de medicamentos alopáticos e seus efeitos colaterais;
• utilizar recursos humanos e materiais de baixo custo.

UBS realiza encaminhamento para as PICs
Para ter acesso à terapia na rede municipal, o cidadão deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência. Lá, ele será avaliado pelo clínico geral, que irá analisar se a situação requer cuidado complementar ou mesmo encaminhamento para um especialista.