Data conscientiza sobre os cuidados e tratamento da epilepsia

Doença atinge todas as idades e pode ser controlada a partir de diagnóstico correto, se tratada rapidamente e com uso de medicamentos

No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de epilepsia, uma condição neurológica que causa alteração no funcionamento de parte do cérebro. Mesmo que por alguns segundos ou minutos, ocorre uma descarga anormal e excessiva de células cerebrais que provocam o ataque epilético, desencadeando até convulsões. Para alertar sobre a doença e orientar a população sobre os cuidados e tratamento, foi instituído o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia em 26 de março.

Há casos em que as crises são suaves e os pacientes demonstram sinais pouco perceptíveis, como olhar parado e movimentos automáticos, por exemplo, das mãos. Entretanto, a mais comum é quando ocorrem tremores musculares generalizados, as convulsões; perda de consciência, salivação excessiva e o paciente pode morder a língua e se machucar com as contrações involuntárias. Dados do Ministério da Saúde mostram que 25% dos pacientes com epilepsia têm estágio grave.

A doença acomete todas as idades, principalmente crianças, em função da imaturidade do cérebro no primeiro ano de vida; e idosos, devido a enfermidades neurológicas decorrentes do envelhecimento. Outros fatores podem influenciar o seu surgimento, desde ferimentos sofridos na cabeça ao abuso de drogas a bebidas alcoólicas.

Para se estabelecer o diagnóstico com segurança, é preciso analisar detalhadamente o histórico do paciente e o da família, uma vez que a epilepsia se caracteriza por episódios recorrentes, e não isolados. No complemento dessa investigação, são indicados exames (eletroencefalograma, tomografia e ressonância magnética) para auxiliar no estabelecimento dos cuidados.

Tratamento

O tratamento, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é medicamentoso e tem o objetivo de bloquear a crise epilética. O cidadão deve procurar por atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e, conforme a avaliação médica, poderá ser encaminhado para a média e alta complexidade e até ser submetido à intervenção cirúrgica. Os resultados da terapia dependem, sobretudo, de diagnóstico preciso, tratamento rápido e do uso correto da medicação.

Cuidados durante a crise

Ao presenciar alguém com crise epilética, o Ministério da Saúde orienta manter o paciente deitado de barriga para cima e a cabeça virada para o lado, para que se evite o sufocamento pela saliva. Outras recomendações são deixar a pessoa se debater; tentar levantar seu queixo para facilitar a passagem de ar; não jogar água sobre ela e nem dar tapas.

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