Doença infecciosa, malária tem tratamento e cura

Diagnóstico precoce e medidas terapêuticas adequadas são fundamentais para os cuidados e evolução do paciente

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por parasita do gênero Plasmodium, que afeta os glóbulos vermelhos do sangue e pode evoluir para formas graves se não for diagnosticada e tratada rapidamente. Considerada um problema sanitário em cerca de 80 países de clima tropical e subtropical, a malária causou 736 mil óbitos no mundo em 2019, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em 2020, o Brasil notificou 140.974 casos da doença, com redução de 10,5% em relação a 2019, de acordo com o Ministério da Saúde. Apesar da tendência de queda, as estatísticas ainda preocupam, principalmente na região Amazônica, área de maior transmissão da doença. Para o alcance de resultados promissores pelos países afetados, em 24 de abril é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Malária, que propõe ações de prevenção e controle, e alerta a população sobre os riscos, sintomas e cuidados preventivos.

Os sintomas da malária são febre alta, sudorese, calafrios e tremores, que podem evoluir para falta de apetite, cansaço e vômito, levando até à necessidade de hospitalização. Ao apresentar esses sinais, o indivíduo que more ou tenha visitado área de risco deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. O diagnóstico é confirmado por meio do exame de lâmina (gota espessa) ou teste rápido.

Em caso positivo, o tratamento é feito com medicamento fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a forma como será administrado dependerá do tipo de parasita associado à doença (no Brasil são três espécies: P. vivax, P. falciparum e P. malariae), além da gravidade do quadro. A doença é tratável e tem cura, mas o resultado dependerá de diagnóstico correto e manejo clínico adequado.

Apesar da medicação disponível, medidas preventivas precisam ser adotadas em áreas vulneráveis, como em beira de rios e áreas alagadas, com o uso de telas e mosquiteiros nos imóveis, o uso de repelentes e roupas longas para proteger braços e pernas, principalmente ao final da tarde até o amanhecer, que é o horário em que o mosquito mais pica.