Capital registra primeiro óbito por dengue em 2023

Caso é de uma mulher de 47 anos; Prefeitura já realizou mais de 1,7 milhão de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti neste ano

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), confirmou nesta quinta-feira (27), o primeiro óbito por dengue na cidade de São Paulo em 2023. O caso é de uma mulher de 47 anos de idade, com comorbidades, residente na região da Casa Verde/Cachoeirinha, com início dos sintomas em 16 de janeiro e data do óbito no dia 24 de janeiro deste ano.

O caso estava sob investigação epidemiológica e teve a confirmação hoje. Atualmente, outros 11 óbitos são investigados pela pasta.

Para todo óbito suspeito de dengue na capital, conforme diretrizes do Ministério da Saúde, é realizada a investigação detalhada de cada caso, considerando vários aspectos e situações, como: exames laboratoriais coletados e seus resultados, avaliações e relatórios clínicos, aspectos epidemiológicos e informação do atestado de óbito. Como parte do processo de investigação pode haver entrevista com familiares e demais envolvidos, por meio de visita domiciliar, realizada pela Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) da área de abrangência da residência.

Após a avaliação de todas essas informações, o caso é discutido com equipe técnica de epidemiologistas da SMS e da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com o objetivo de esclarecer se a causa principal da morte foi de fato pela dengue ou se foi provocada por outras patologias ou condições clínicas do paciente.

Confira os números de casos e óbitos de dengue e outras arboviroses separados por semana epidemiológica. O registro divulgado hoje será publicado em boletim na próxima semana.

Ações de combate à dengue
Em 2023, até o momento, foram realizadas 1.762.069 ações de combate ao mosquito Aedes aegypti na capital. Ao todo, foram 360.156 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 15.484 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.351.991 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações. As atividades são realizadas rotineiramente pelas 28 Uvis da capital.

A Prefeitura de São Paulo tem investido continuamente no Programa Municipal de Combate à Dengue e demais Arboviroses. Neste mês, teve início a instalação de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, inicialmente em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue, como: Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. Mais de 10 mil armadilhas já foram instaladas.

Os equipamentos são montados para que as fêmeas do Aedes aegypti (responsável pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estágio larval, não permitindo que ele se desenvolva para sua fase adulta.

Para a sazonalidade de 2023, a SMS fez também outros investimentos como a ampliação da frota de veículos para transporte dos agentes de controle de endemias com incremento de 104 minivans; aquisição de 30 novos equipamentos de nebulização veicular e chamamento de concurso público para 703 novos servidores para a Rede Municipal de Vigilância em Saúde.

As solicitações de vistorias podem ser realizadas pelo telefone 156 – serviço “Pernilongo/Mosquito – Solicitar vistoria em local infestado” ou diretamente no site.