Esporotricose afeta principalmente os gatos e pode ser transmitida para os humanos

A principal forma de prevenir a contaminação do felino é não o deixar ter acesso à rua; confira outras dicas do que fazer em caso de infecção

A esporotricose é uma micose causada por um fungo presente na natureza, solo, palha, vegetais, espinhos e madeira. Pode afetar tanto os humanos quanto os animais de estimação, principalmente os gatos, que estão mais propensos a desenvolverem uma forma grave da doença.

Embora os gatos sejam as maiores vítimas da esporotricose, o cachorro também pode se contaminar, pois ele tem o hábito de farejar durante um passeio, por exemplo, e por conta disso pode se infectar. No entanto, a diferença é que o cão não é um transmissor tão eficiente quanto o gato.

Assim, a maneira mais eficaz de prevenir a doença é evitar que os gatos entrem em contato com o ambiente contaminado, ou seja, não é indicado que eles tenham acesso à rua. Isso porque eles podem se infectar ao caminhar em um solo que tenha o fungo e transportá-lo embaixo das patas e garras para dentro de casa, o que pode levar à infecção dos tutores por meio de arranhaduras ou mordedura.

Os principais sintomas no gato incluem feridas na pele que não cicatrizam, aumento de volume nasal e dificuldade respiratória. Se o gato apresentar algum desses sinais, busque um médico veterinário. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) e das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) oferece atendimento gratuito para casos de esporotricose, além de coleta do material para diagnóstico e fornecimento da medicação para tratamento da doença no pet.

Os gatos que estão contaminados devem ficar dentro de casa para diminuir a chance de serem potenciais transmissores. Além disso, o ambiente onde o felino costuma ficar na casa deve ser limpo pelo menos duas vezes por dia com água sanitária diluída em água. A cama do animal, assim como os panos e caixinha de areia também precisam ser higienizados. A pessoa que for manipular esses utensílios deve usar luvas e máscara para não se infectar com o fungo.

Nas pessoas, a esporotricose pode se manifestar como uma pequena lesão que não cicatriza, podendo evoluir. Em caso de suspeita, é recomendado buscar atendimento médico rápido. Na cidade de São Paulo está estabelecido um protocolo com as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para atendimento específico de pessoas com suspeita de esporotricose.