A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) dão início, neste sábado (19), à edição 2023 do Inquérito de Saúde, o ISA-Capital. A pesquisa visa conhecer o estado de saúde, hábitos de vida e uso de serviços de saúde pela população. A expectativa é entrevistar 5.000 pessoas de todas as regiões da cidade de São Paulo pelos próximos dez meses.
Esta é a quarta edição do ISA, que foi realizado anteriormente nos anos de 2003, 2008 e 2015, quando foram entrevistados, respectivamente, 3.271, 3.357 e 4.043 munícipes. Para a edição atual, a SMS investirá R$ 1,7 milhão em um convênio firmado com a FSP-USP, que, em contrapartida, cede, além de seu know-how, suas instalações para o treinamento das equipes de entrevistadores e supervisores de campo. Para o trabalho, 40 entrevistadores foram contratados e capacitados pela FSP-USP.
Desenvolvida em conjunto pela Coordenadoria de Epidemiologia e Informação (CEInfo) da SMS e pela FSP, mediante convênio, essa pesquisa e seus resultados devem nortear a criação ou aprimoramento de políticas públicas na área da saúde e contribuir para a elaboração do Plano Municipal de Saúde nos próximos anos.
O levantamento abordará diversos grupos de questões, a fim de investigar se há pessoas com deficiência em cada residência, o diagnóstico e tratamento de doenças crônicas,o histórico de vacinação e se há vítimas de acidentes ou violência. Também será considerada a presença de cães e gatos e o acompanhamento desses animais.
O questionário também verificará assuntos relacionados ao diagnóstico de Covid-19 e como a pandemia impactou o ânimo e a saúde mental dos entrevistados.
“O ISA-Capital é fundamental para conhecermos melhor a realidade das famílias que vivem na cidade de São Paulo. Os resultados servem como bússola para nortear as políticas públicas que implementamos, não apenas para tratar doenças, mas principalmente para promover saúde, com ações preventivas”, afirma o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
As visitas serão feitas a residências nas seis regionais de saúde, sorteados segundo critérios estatísticos, de forma a representar a população com mais de 10 anos de idade. Para a realização do inquérito, será utilizada amostragem com base no Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos domicílios por região. Os aplicadores estarão uniformizados e portarão crachás de identificação da FSP-USP, que poderão ser confirmados no QR Code impresso nesses crachás. A análise dos dados deverá ser iniciada no segundo semestre de 2024 e a divulgação dos dados está prevista para 2025.