Saiba quais órgãos e tecidos podem ser doados

Um único doador pode salvar até 10 vidas, de pessoas com doenças graves como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, cirrose, leucemia e outras

No Brasil, o mês de setembro é dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos, um ato de solidariedade humana crucial para salvar ou mesmo trazer mais qualidade e prolongar milhares de vidas. Até agosto deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), mais de 66 mil pessoas aguardavam na lista por um transplante no país.

No caso da doação feita após a morte, um único doador pode salvar a vida de pelo menos 10 pessoas que aguardam pelo transplante de tecidos e órgãos. E mesmo quando feita em vida, pode contemplar órgãos e tecidos importantes como rim, fígado e medula óssea.

Hoje, na Lista Única Nacional, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), mais de 37 mil pessoas esperavam por um rim, 25,9 mil por uma córnea, 2,2 mil por um fígado, 385 pessoas por um coração e 173 por um pulmão.

Veja a seguir os órgãos e tecidos que podem ser doados e transplantados.

• Coração: feito a partir da doação pós-morte, é recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca e que não respondem a nenhum tratamento ou cirurgia.
• Válvulas cardíacas: indicado para pessoas com doenças da válvula do coração. Ainda que o coração não esteja em condições para ser transplantado, as válvulas podem ser doadas e mesmo mantidas por muito tempo em um banco de válvulas.
• Fígado: como este órgão tem a capacidade de regenerar-se, por isso, a doação pode ser feita em vida, em transplantes que beneficiam principalmente pacientes com cirrose hepática.
• Pulmão: transplante indicado para pessoas com doença pulmonar grave, como fibrose cística, pulmonar e enfisema. Em algumas situações, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo.
• Ossos: implantes dentários, transplantes para lesões da coluna e próteses são alguns tipos utilização para ossos, que, da mesma forma que as válvulas cardíacas, também podem ser mantidos em um banco por um longo período.
• Medula óssea: responsável por produzir componentes do sangue, é usada para o tratamento e cura de doenças que afetam suas células, como a leucemia. O Brasil possui um banco de doadores de medula óssea, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Um doador pode ser convocado quando houver compatibilidade com o paciente que receberá a medula.
• Rim: por serem dois, os rins podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação deste órgão geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais.
• Pâncreas: o pâncreas é um órgão que atua na digestão dos alimentos e também na produção de insulina, elemento responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue; geralmente esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos, juntamente com o transplante de rim, beneficiando pessoas com diabetes e problemas renais graves.
• Córneas: o transplante da córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina, só pode ser feito a partir de doadores falecidos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea.
• Pele: esta doação pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas. O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.

LEIA TAMBÉM: Tire suas dúvidas sobre a doação de órgãos