Dia Mundial da Paralisia Cerebral alerta para a principal causa de deficiência na infância

A condição, que afeta o desenvolvimento motor e, em alguns casos, cognitivo, tem como principal causa a falta de oxigenação no cérebro.

O dia 6 de outubro é dedicado ao Dia Mundial da Paralisia Cerebral, data criada pelo movimento Cerebral Palsy Alliance em 2012, para conscientizar e promover a luta por direitos, acesso e oportunidades para crianças e adultos nessa condição.

A paralisia cerebral, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é caracterizada por um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura, atribuídos a um distúrbio não progressivo que ocorre durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil e que podem causar limitações no perfil de funcionalidades da pessoa.

A estimativa é que existam 17 milhões de pessoas em todo o mundo com paralisa cerebral. É a deficiência física mais comum da infância e uma das principais causas é a falta de oxigenação no cérebro do bebê durante a gestação, na hora do parto ou até os dois anos de vida da criança.

Há uma grande variação nas formas como a paralisia cerebral se apresenta, estando diretamente relacionadas à extensão do dano neurológico. Os diferentes graus do comprometimento motor e cognitivo podem ir desde um leve acometimento com pequenos déficits neurológicos até a casos mais graves.

As alterações da parte motora incluem problemas na marcha (como paralisia das pernas), hemiplegia (fraqueza em um dos lados do corpo), alterações do tônus muscular (espasticidade caracterizada por rigidez dos músculos) e distonia (contração involuntária dos membros). Em casos graves, há necessidade do uso de cadeira de rodas. Já as alterações cognitivas incluem comprometimento na comunicação, no comportamento, na interação social e no raciocínio. Os pacientes também podem apresentar convulsões.

Por ser uma das deficiências mais comum em crianças, o acompanhamento médico com o pediatra é essencial para a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor e a detecção precoce de possíveis atrasos. O tratamento requer a atuação de diversos profissionais de saúde, e o desafio consiste em trabalhar pela inclusão social e pela prevenção ou minimização das complicações motoras e cognitivas. Para isso, é importante o suporte de uma equipe multidisciplinar envolvendo profissionais de áreas como ortopedia, neurologia, fisiatra, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e outras.

Suporte na rede municipal

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem ampliado a rede de atenção à pessoa com deficiência progressivamente, investindo em ações que buscam elevar a qualidade de vida desses cidadãos.

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada dos usuários no SUS, sendo formada por equipes multiprofissionais que quando necessário, encaminham para serviços especializados, entre eles os 33 CERs disponíveis na rede.

O CER é um ponto de atenção ambulatorial especializado em reabilitação que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e acompanhamento do uso de tecnologias assistivas, como cadeiras de rodas, órteses e aparelhos auditivos e atendem também pessoas que necessitam de intervenção nas diversas modalidades de reabilitação, seja ela física, auditiva, visual ou intelectual.

O processo de habilitação ou reabilitação da pessoa com deficiência ao longo da vida, ocorre não só em serviços especializados, mas também na UBS e em outros serviços de saúde do território.

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