Neste penúltimo sábado de novembro (18) é celebrado o Dia Nacional de Combate à Dengue, com o objetivo de alertar a população sobre a eliminação de possíveis focos do vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti.
As estratégias de combate à dengue são colocadas em prática diariamente no município de São Paulo, e compreendem equipamentos, infraestrutura e ações. Em 2022 foram realizadas cerca de 5 milhões de ações em todas as regiões da capital. Somente este ano foram realizadas mais de 4.600.000 ações de combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade de São Paulo, tais como: visitas casa a casa, vistorias a imóveis e pontos estratégicos, ações de bloqueios de criadouros e nebulização de inseticidas, orientações à população, entre outras atividades específicas.
Entre os principais investimentos na infraestrutura de combate à dengue em 2022 e 2023, estão a ampliação da frota de veículos para transporte dos agentes de controle de endemias com incremento de 104 minivans, a aquisição de 30 novos equipamentos de nebulização veicular; chamamento de concurso público para contratação de 703 servidores para a Rede Municipal de Vigilância em Saúde, importação direta de 15 mil litros de inseticida para nebulização (fumacê) contra o mosquito Aedes aegypti e aquisição e distribuição de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicida em todas as regiões da cidade com histórico de maior incidência de casos da doença
Sobre a doença
A dengue é uma doença causada pela picada do mosquito infectado. Os primeiros sintomas aparecem de quatro a 10 dias. A forma clássica é o tipo mais comum da doença e apresenta febre alta, dor de cabeça e nos olhos, dores musculares e nas articulações, fraqueza, vômitos, manchas na pele e coceira.
A dengue apresenta transmissão sazonal, com maior ocorrência nos meses de março a maio, com pico normalmente em abril, assim, o número de casos confirmados se concentram no primeiro semestre. A ocorrência de dengue está vinculada a determinantes que mantêm a infestação e a circulação viral num território, como fatores climáticos, demográficos, socioculturais, de infraestrutura urbana, de dinâmica populacional e de susceptibilidade aos vírus circulantes.
Até outubro de 2023 o coeficiente de incidência (casos confirmados) de dengue por 100.000 habitantes na cidade de São Paulo foi de 106,1, enquanto o coeficiente de incidência no Brasil chegou a 753,9 no mês de setembro. O coeficiente de incidência de dengue registrado no Brasil em 2022 foi de 679,9 casos por 100 mil habitantes, contra 99,7 casos por 100 mil habitantes na cidade de São Paulo durante o mesmo período.
Prevenção
Eliminar os focos do mosquito da dengue é a melhor maneira de prevenir a doença. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), juntamente com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e a Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) realiza uma série de ações de controle e combate à dengue na capital, com as atividades casa a casa intensificadas em imóveis de altíssimo e alto risco, além da identificação de pontos estratégicos e locais especiais.
Executadas pelas 28 Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) da cidade, as ações têm o objetivo é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti e a oferta de recipientes para sua proliferação.
Além disso, a capital investiu na tecnologia das armadilhas de autodisseminação de inseticidas (ADIs). Estes equipamentos fazem com que as fêmeas do Aedes aegypti (responsáveis pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estado larval, ou seja, impedindo que ele se desenvolva para sua fase adulta.
A SMS também disponibiliza testes rápidos para a dengue em seus equipamentos de saúde, o que permite encaminhamento rápido para os casos registrados, além do reforço do trabalho de controle na vizinhança.
Ações de prevenção também dependem da população
Além do trabalho realizado pela SMS é fundamental que a população adote medidas para conter a proliferação do mosquito transmissor da dengue. A maneira mais eficaz de prevenir a dengue é eliminar os focos do mosquito, e para isso é importante a colaboração da população.
Veja algumas dicas:
- latas, pneus, potes, materiais inservíveis (embalagens plásticas, tampas de garrafa, pedaços de plástico ou metal, etc.) são alguns exemplos de recipientes que acumulam águas das chuvas e não devem ficar em áreas abertas;
- depósitos para armazenamento de água, especialmente caixas d'água, devem ficar devidamente fechados com tampa;
- evite usar pratos nos vasos de plantas e, se usar, o indicado é cobri-los com areia até a borda;
- retire a água acumulada em lajes.