Para garantir e ampliar a oferta de serviços de hemodiálise na cidade de São Paulo, a gestão municipal, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), complementará o valor da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para a execução das terapias renais substitutivas (Diálise). Com o cofinanciamento no valor do subsídio, mais vagas serão liberadas pelos prestadores habilitados ao SUS para diálise, possibilitando ao paciente realizar o tratamento mais perto da sua residência, além de reduzir as complicações relacionadas à doença renal crônica.
O anúncio aconteceu nesta segunda-feira (11), no gabinete do prefeito, e a portaria que instituirá o serviço no município de São Paulo entrará em vigor no mês subsequente após publicação no Diário Oficial da Cidade. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, “a prefeitura vai investir R$ 6 milhões por mês para disponibilizar o serviço. Durante anos a tabela do SUS não é corrigida e a gestão municipal vai repassar esse valor para zerar a fila de espera para esse procedimento no município”.
Dessa forma, os serviços foram atualizados da seguinte maneira:
A hemodiálise com três sessões por semana passa de R$ 240,97 para R$ 310,00; aumento de R$ 69,03. A hemodiálise com sorologia positiva para HIV ou hepatite B ou C (máximo de 3 sessões por semana), passa de R$ 325,98 para R$ 385,00; acréscimo de R$ 59,02. A hemodiálise pediátrica (máximo de 4 sessões por semana) teve um ajuste de R$ 79,82, passando de R$ 363,63 para R$ 443,45.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, essa liberação do recurso realizada pelo prefeito Ricardo Nunes é uma grande conquista para o município de São Paulo, pois qualifica ainda mais e evita a descontinuidade do serviço na cidade. “Hoje, o valor da sessão da hemodiálise convencional no setor privado é de R$ 377,86, enquanto na tabela SUS o pagamento é de R$ 240, 97, ou seja, R$ 136,89 a menos que o valor praticado no mercado. Com esse reajuste estamos seguros que vamos atender os pacientes que estão internados esperando disponibilidade de vagas”, lembra Zamarco.
Para o presidente da Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo (Sonesp), Lúcio Requião, “a gestão pública mostrou eficiência ao fazer esse repasse, pois, havia um risco real de desmonte da rede de atenção básica e a desmobilização da rede de prestadores de serviço, que impactaria muito no atendimento aos pacientes que precisam do serviço”
Atualmente, a SMS mantém parceria com 30 clínicas contratualizadas na capital para o atendimento de hemodiálise. O município conta com aproximadamente, 7.392 vagas contratadas, que atendem aos usuários que realizam o procedimento, em média, de duas a três vezes por semana.