Doação de sangue: a importância de mantê-la durante férias e período de festas

Nesta época do ano, a falta de doadores pode comprometer o atendimento a pacientes que precisam de reposição ou transfusão

A doação de sangue é um gesto solidário e voluntário capaz de salvar a vida de pessoas que estão passando por tratamentos e intervenções médicas de grande complexidade, como transplantes, procedimentos oncológicos, transfusões e cirurgias, bem como pacientes com doenças crônicas graves.

Seguro, o processo inteiro de doação dura menos de uma hora, retira no máximo 450ml deste tecido líquido vital e pode salvar até quatro vidas. O ideal é que a população crie o hábito de doar sangue, para que os estoques sempre se mantenham abastecidos e que esse ato não seja somente pontual para ajudar um conhecido.

Quando os estoques ficam em níveis críticos, principalmente nos períodos de férias e festas de fim de ano, o atendimento aos pacientes pode ficar comprometido.

Requisitos para doar sangue
No geral, basta observar as restrições em relação ao peso, idade e condições de saúde.

• Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos. Os doadores com menos de 16 anos devem estar acompanhados pelo responsável;
• Pesar no mínimo 50kg;
• Estar alimentado, porém sem refeições pesadas (gordurosas) nas três horas que antecedem a doação;
• Portar documento oficial e original de identidade com foto e dentro do prazo de validade (RG, carteira profissional, carteira de habilitação).

Onde doar
Na capital, a Associação Beneficente de Coleta de Sangue é responsável pelos hemocentros na rede municipal de saúde, com três pontos de coleta ativos em hospitais municipais que ficam no Tatuapé, Ermelino Matarazzo e Aclimação. Confira os locais para doação de sangue.

Saiba mais

Quanto sangue temos no corpo e quanto é retirado em uma doação?
Um adulto possui cerca de 5 a 6 litros de sangue em seu corpo, e a quantidade máxima retirada em uma doação é de 450ml.

O que são um doador “universal” e um “receptor universal” de sangue?
O tipo considerado “doador universal” é o O-, enquanto o AB+ pode receber de todos os outros tipos. A chamada compatibilidade sanguínea é sempre observada no processo de doação para evitar problemas de coagulação no receptor. No Brasil, os tipos mais comuns de sangue são A e O, que correspondem a quase 90% da população. O restante é formado por B (10% das pessoas) e AB (3%). Quanto ao Rh (positivo ou negativo), aproximadamente 85% das pessoas são positivas.

Podemos doar sangue quantas vezes?
O limite de doações por ano é de quatro vezes para homens (60 dias de intervalo entre as doações) e de três vezes para mulheres (90 dias de intervalo). Esse intervalo tem o objetivo de proteger a saúde do doador.

Que testes são realizados no sangue coletado?
São realizados testes de tipagem sanguínea, triagem para Doença Falciforme (hemoglobina S), além de exames para hepatites B e C, HIV I, sífilis, Doença de Chagas e HTLV I/II. Uma bolsa contaminada pode provocar sérios problemas a quem recebe o sangue.

Para onde vai o sangue doado?
O sangue doado nos hemocentros é fracionado e enviado aos hospitais e pacientes que estejam necessitando. Após ser fracionado, o sangue gera quatro hemocomponentes principais: concentrado de hemácias (CHM); concentrado de plaquetas (CP); plasma fresco congelado (PFC) e crioprecipitado (Crio).

Mitos sobre doar sangue
• A doação de sangue não engrossa nem afina o sangue.
• Doando sangue você não ganha nem perde peso.
• Mulheres podem doar sangue mesmo no período menstrual.
• Doar sangue não oferece ao doador nenhum risco de contrair doenças infecciosas, como HIV ou hepatites.