Retrospectiva 2023: conheça as histórias de profissionais que o SUS transformou

Com amor e dedicação, servidores fazem a diferença na rede municipal de saúde

Quem escolhe trabalhar na Saúde tem algo em comum: propósito. Reconhecer seu papel diante dos desafios que a vida coloca nessa rotina de trabalho também é algo presente nessas trajetórias que o boletim Saúde Mais Perto/Gente apresenta a cada edição. Já no início do ano, dois relatos demonstraram exatamente a consciência do dever assumido na carreira.

O casal Fábio Santos e Vilma Ferreira, de 43 anos de idade e juntos desde 2004, compartilhou momentos de coragem e superação com as vítimas da enxurrada no litoral paulista, em fevereiro último. Ele enfermeiro e assistente de interlocução do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sul, e ela auxiliar de enfermagem na AMA/UBS Integrada Parque Santo Antônio foram “as pessoas certas no lugar certo.” O casal passava férias em São Sebastião e não hesitou em prestar os primeiros socorros às vítimas dos deslizamentos que ocorreram na região e fizeram o atendimento de urgência a centenas de pessoas. Consideramos isso uma vitória de todos lá naquela noite”, comemoraram.

Na imagem, Fábio está à esquerda e Vilma à direita, um ao lado do outro. Ele veste camiseta preta e ela, branca. Ambos estão sorrindo para a foto. Ele tem cabelo curto e ela, comprido. Atrás há uma placa da CRS Sul

Fábio e Vilma abraçaram a saúde como um propósito de vida (Foto: divulgação/SMS)

Genilda Camargo trabalha para tornar mais leves os dias das crianças internadas no Hospital Municipal Cidade Tiradentes – Carmen Prudente. Começou como auxiliar de higienização na unidade, mas sua paixão pelas personagens do “Sítio do Picapau Amarelo”, de Monteiro Lobato, a motivou a estudar pedagogia e mudar de área. “Sempre gostei do meu trabalho, mas todos sabiam que meu sonho era estar com crianças. Então, quando a vaga de brinquedista hospitalar apareceu, muitos colegas me incentivaram a participar do processo seletivo.” Determinada a levar alegria para os pequenos mesmo durante a pandemia de Covid-19, ela criou um jeito seguro de continuar o trabalho e vencer o medo daqueles tempos difíceis.

Na imagem, Genilda está segurando três bonecas da personagem Emília, de diferentes tamanhos. Ela tem cabelo castanho claro comprido, usa blusa rosa e máscara de proteção. Ao fundo, há um armário com livros e brinquedos

 Genilda é apaixonada pelo 'Sítio do Picapau Amarelo' (Foto: divulgação/SMS)

Estar na Saúde também mudou a vida de Cindy Keyrrinson, assistente social e agente comunitária de saúde (ACS) que hoje combate a violência contra a mulher. Ela encontrou no trabalho a saída que buscava para a situação que a afetava na vida pessoal. “Eu lido com empatia e tenho criado vínculos muito grandes com as famílias”, afirma. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Fanganiello, ela orienta mulheres em situação de violência em comunidades locais.

Na imagem, Cindy, uma mulher negra de cabelos cacheados, usa uma camiseta branca escrito Agente, um macacão jeans. Ao fundo, há uma grade e casas.

Cindy enfrentou a violência doméstica e encontrou a saída na profissão (Foto: divulgação/SMS)

Para o farmacêutico Antônio Marcos Dugulin, na rotina de orientar as pessoas sobre a administração dos medicamentos de uso contínuo faltava algo. Foi aí que ele pesquisou e revolucionou a dispensação dos fármacos na UBS Jardim Novo Pantanal, ao tornar acessíveis as embalagens dos medicamentos para deficientes visuais e pessoas não alfabetizadas. “Desenvolvi uma planilha com a identificação dos horários, e inseri etiquetas coloridas, cada uma representando um medicamento. Essas cores tornaram-se referências visuais para os pacientes”, explica.

Na imagem, o farmacêutico, um homem careca, olhos claros, de barba e com óculos, usa jaleco branco e atrás dele há um armário com medicamentos

Para o farmacêutico Antônio, acessibilidade é tornar os pacientes independentes (Foto: divulgação/SMS)

Fernanda Teixeira cumpre plantões em duas unidades hospitalares, o Pronto-Socorro Municipal Doutor Lauro Ribas Braga, PS Santana, e o Hospital Municipal da Brasilândia, ambos na zona norte da cidade. Enfrentou as barreiras impostas pela sociedade a quem tem nanismo e conseguiu realizar o sonho de se tornar médica do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a ajuda dos colegas de trabalho para adaptar o ambiente conforme as necessidades dela, revela uma satisfação diária. “O que me deixa mais feliz como médica é acertar um diagnóstico, saber que a minha conduta fez diferença na vida do paciente, e isso acontece principalmente no pronto-socorro, na emergência, porque precisamos de agilidade para mudar o curso da doença em pouco tempo.” orgulha-se.

Na imagem, Fernanda, uma mulher de pele branca e cabelos cacheados, usa roupa hospitalar azul. Ela está no corredor de um hospital

Fernanda realizou o sonho de ser médica em São Paulo (Foto: reprodução/SMS)

Q+

O Gente.doc, no canal de YouTube da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), teve 25 edições em 2023. Os vídeos que mais engajaram a audiência foram os que contaram as histórias de Antônio Marcos Dugulin e Fernanda Teixeira Fonseca, com 1.900 mil visualizações e 7 mil impressões. Todas são histórias reais de vida e trabalho dedicados a cuidar das pessoas e promover a saúde de 12 milhões de habitantes na cidade mais populosa do Brasil.