A união de cuidado com conhecimento: a história de Priscila na Saúde Mental

A enfermeira trabalha no Caps, onde descobriu-se apaixonada pelo cuidado assistencial e pelo ensino

Priscila de Campos Tiburcia, de 29 anos, é enfermeira no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Álcool e Drogas (AD) Centro. Ela trabalha no local desde o início da sua carreira: “Foi o meu primeiro emprego, neste lugar que oferece um atendimento essencial para muitas pessoas; eu me descobri enfermeira nesse Caps”.

Além da paixão pelo cuidado assistencial, o Caps foi essencial para que Priscila pudesse explorar um traço desconhecido: o gosto pelo ensino. O programa de educação continuada disponível na unidade permitiu que a enfermeira desse aulas sobre temas relacionados a saúde mental dentro da unidade e, depois, para profissionais do Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica (Siat) II, do Glicério.

A experiência incentivou a enfermeira, que na época já cursava o mestrado, a fazer um doutorado. Hoje, enquanto aguarda o resultado do processo seletivo, ela sonha em dar aulas, sem deixar de realizar o trabalho assistencial.

A foto mostra Priscila, uma mulher jovem, de cabelos castanhos e óculos que sorri e olha para a câmera. Ela está sentada segurando uma caneta e tem um caderno à sua frente, sobre uma mesa; atrás dela estão vários armários do tipo guarda-volumes, em metal e na cor cinza

Priscila: sonho de unir enfermagem e docência (Foto: Acervo SMS)

Mudança de rota
Priscila conta que se encantou pela área da saúde ainda na escola e decidiu que gostaria de ser médica. Após tentar entrar no curso de medicina algumas vezes, acabou optando por enfermagem. E o que poderia ter sido uma frustração revelou-se uma grande descoberta: “Eu me apaixonei pela área já no primeiro ano. O enfermeiro está muito mais próximo do paciente e eu sempre gostei muito desse cuidado.”

Já o interesse pela área de saúde mental surgiu ao longo do período de faculdade: “A gente costumava estudar mais a doença em si, mas, na saúde mental, víamos o sujeito de uma maneira diferente”, lembra a profissional, que não tinha planos de trabalhar no Caps AD, mas acabou se encantando pelo serviço e aprendendo muito com os pacientes: "Geralmente são pessoas muito carinhosas e que precisam de afeto".

Além de trabalhadora do sistema público de saúde, Priscila é fã declarada do serviço: “Eu acho o SUS incrível. Somos muito privilegiados por ter um sistema de saúde gratuito”, elogia.

Este texto faz parte de uma série de perfis sobre os enfermeiros que atuam na Saúde de São Paulo, em homenagem ao Dia Internacional do Enfermeiro, comemorado em 12 de maio, e à Semana de Enfermagem