Capital amplia cobertura nas principais vacinas do Programa Nacional de Imunização

Imunizantes contra doenças como meningite, hepatite A, difteria e poliomielite superaram a marca de 90% entre seus públicos; vacina contra sarampo, cachumba e rubéola ultrapassa cobertura de 100% na primeira dose

Neste dia Nacional da Imunização, 9 de junho, a cidade de São Paulo comemora uma importante conquista: a elevação da cobertura vacinal em praticamente todos os imunizantes oferecidos dentro do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde (MS), em um desempenho que reitera seu papel como “capital mundial da vacina”.

Os índices da vacina contra pneumonia, por exemplo, passaram de 79,33% em 2021 para 91,44% em fevereiro de 2024. Contra a hepatite A, no mesmo período, eles foram de 79,66% para 96,08%, ultrapassando a meta preconizada pelo MS, que é de 95%. Contra a poliomielite, uma das principais vacinas para o público infantil, em 2021 o índice de cobertura vacinal era de 77,99%, chegou a 94,43%.

Outro imunizante para o público infantil, a tríplice viral (SCR), contra sarampo, caxumba e rubéola, que em 2021 tinha um índice de 83,24% na primeira dose (aos 12 meses), atingiu 100%, ultrapassando a meta de cobertura vacinal preconizada pelo MS. Outro exemplo é a vacina contra a tuberculose: a BGC, aplicada logo após o nascimento, saltou de 72,71% de cobertura em 2021 para 88,84% em fevereiro deste ano, enquanto a vacina combinada pentavalente, que protege contra cinco diferentes tipos de doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e poliomielite), por sua vez, subiu de 77,77% para 93,85% na terceira dose. A proteção conta a meningite também foi reforçada, passando de 77,69% para 90,90%.

Resultado reflete múltiplas estratégias
Segundo Mariana de Souza Araújo, coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI), esses indicadores se fundamentam em um trabalho estruturado da Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), sistematizado pelo PMI de forma integrada à atenção primária e demais setores, envolvendo diversas frentes e iniciativas. “Para garantir que todos os paulistanos possam se vacinar, foram realizados investimentos em recursos físicos, humanos e em capacidade operacional, incluindo a ampliação e qualificação de postos de vacinação, aquisição de equipamentos, contratação de novos servidores e melhorias na logística de distribuição de insumos com toda a diversidade das regiões da cidade”, enumera.

Entre as estratégias para viabilizar a adesão dos munícipes, estimulando-os a buscar a vacinação contra as diversas doenças, têm destaque a ampla divulgação de campanhas e público alvo, a busca ativa de faltosos e a promoção de “Dias D”, com abertura das unidades de saúde aos sábados para receber a população, como o que aconteceu neste sábado (8).

Crianças e adolescentes recebem atenção especial, com a distribuição da Declaração de Vacinação Atualizada (DVA) em escolas, em uma parceria com a Secretaria Municipal da Educação (SME), para que pais e responsáveis levem seus filhos para vacinar. Dentro dessa estratégia, foram emitidos mais de 700 mil DVAs em 2022 e 2023. Já ao longo de 2024, a previsão é que sejam distribuídos 1,5 milhão de DVAs em escolas municipais e estaduais.

Na busca ativa a faltosos para atualização das carteirinhas das crianças a tecnologia também foi uma aliada, com o envio de mais de um milhão de mensagens SMS aos pais e responsáveis, indicando o momento da vacinação de rotina de seus filhos e netos.

Mariana ressalta que estes indicadores dão continuidade aos resultados obtidos no período da pandemia de covid-19, quando a capital paulista se destacou em relação a outras cidades brasileiras pela vacinação em massa que empreendeu contra o coronavírus, com 42,4 milhões de doses aplicadas a partir da disponibilização dos primeiros imunizantes. Ao mesmo tempo, a oferta de vacinas do PNI foi mantida de forma ininterrupta, por meio da multivacinação.