Neste 2 de julho, Dia do Hospital, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ressalta a abrangência, capilaridade e extensão dos serviços prestados por sua rede terciária. São 30 hospitais com mais de 32 mil trabalhadores, cinco mil leitos, cerca de 150 mil atendimentos de urgência por mês, além de seis mil cirurgias e 4.500 partos realizados em todas as instituições.
Os números vão dos atuais 48 leitos no Hospital Municipal Dr. Alexandre Zaio, na Vila Matilde, o menor da rede municipal, aos quase 400 leitos do Hospital Municipal Cármino Caricchio, no Tatuapé, o maior dentre os municipais, que mensalmente realiza mais de cinco mil atendimentos de urgência e emergência, além de 120 mil exames e 600 cirurgias.
A secretária executiva de Atenção Hospitalar (SEAH) da SMS, Marilande Marcolin, explica que, para atender à demanda crescente da população paulistana, a rede hospitalar municipal, da mesma forma que os equipamentos da Atenção Básica, vem passando por uma requalificação, que deve se intensificar nos próximos anos, para ampliar o atendimento e entregar mais qualidade aos usuários do SUS na capital.
Vista aérea do Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, no Tatuapé, o maior da rede municipal (Acervo/SMS)
Parceria com BID
Nos próximos anos, 410 milhões de dólares serão investidos nas instituições administradas diretamente pela SMS, por meio do Programa de Reestruturação e Qualificação da Rede Hospitalar e de Atenção Especializada da Cidade de São Paulo – Avança Saúde II. Deste montante, 50% serão provenientes de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Serão beneficiados com obras de reforma e adequação os hospitais municipais Dr. José Soares Hungria (Pirituba), Profº Dr. Waldomiro de Paula (Itaquera); Profº Dr. Alípio Corrêa Netto (Ermelino Matarazzo), Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (Jabaquara), Dr. Benedicto Montenegro (Jardim Iva), como contrapartida da Prefeitura, além de Tide Setúbal (São Miguel), Dr. Alexandre Zaio (Vila Nhocuné), Dr. Mario Degni (Rio Pequeno) e Dr. Ignácio de Proença Gouvêa (Mooca).
Parte do recurso financiado será aplicado para a reforma e ampliação dos hospitais Dr. Hungria, Dr. Waldomiro de Paula, Dr. Alípio Corrêa Netto e Dr. Saboya. Com edificações que variam de 30 a 60 anos de idade, as unidades devem receber, entre outras melhorias, atualização das instalações elétricas e hidro sanitárias, ampliação de estrutura de prevenção a incêndio, sistemas para o uso racional de água e energia, além de informatização com sistemas que permitam a utilização de prontuário eletrônico.
No caso dos hospitais Benedicto Montenegro, Dr. Alexandre Zaio e Dr. Mario Degni, que atualmente estão entre as menores unidades da rede municipal, a previsão é de ampliação, de forma que todos passem a oferecer cerca de 200 leitos. “Isso significa uma expansão de até 400%, o que representará um impacto positivo para toda a rede”, ressalta Marilande. Além disso, outros hospitais municipais geridos pelo município, Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), Dr. Mario Moraes (Vila Nova Cachoeirinha) e Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo) também serão beneficiados por investimentos em sistemas, qualidade e gestão.
No âmbito dos investimentos em gestão e qualidade, todas as 12 unidades da gestão direta também passarão pelo processo de certificação ONA (Organização Nacional de Acreditação), que promove a qualidade e a segurança da assistência à saúde por meio de padrões e requisitos pré-estabelecidos. Pelo menos 960 profissionais terão formação na área de qualidade e melhoria de processos.