Hospital Municipal da Brasilândia amplia atendimento na zona norte

Nos últimos seis meses, a instituição abriu novos leitos, contratou profissionais e passou a atender em especialidades como ortopedia, com a realização de mais de 600 cirurgias

Nos últimos seis meses, o Hospital Municipal da Brasilândia (HMB) - Adib Jatene, da Prefeitura de São Paulo, vem passando por uma grande ampliação de seus serviços, o que o coloca como referência de hospital geral de portas abertas na zona norte de São Paulo. Neste período, a instituição ampliou o número de leitos para 270, aumentou em mais de 35% os atendimentos no pronto-socorro, contratou mais de 600 trabalhadores e inaugurou novos serviços, com destaque para a ortopedia.

Em janeiro o HMB inaugurou seu Ambulatório de Ortopedia, e em março começou a realizar cirurgias de ombro, cotovelo, pé e tornozelo.  Desde então, já foram realizadas 645 cirurgias e retirados da fila por atendimento na especialidade um total de 6.083 pacientes. Foram 415 cirurgias eletivas e 184 cirurgias de urgência, incluindo a colocação de próteses no fêmur em caráter de emergência. Diariamente, são realizados de sete a nove procedimentos nas cinco salas cirúrgicas do hospital.

De acordo com Guilherme de Abreu Silveira, diretor técnico do HMB, a implantação do Ambulatório de Ortopedia e a força-tarefa para as cirurgias atenderam a uma orientação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para que a demanda pela especialidade na região fosse zerada.

“Para alcançar este objetivo fizemos busca ativa por meio do Núcleo Interno de Regulação (NIR) do hospital, com no mínimo três tentativas de contato telefônico para cada um dos pacientes que aguardavam”, explica o diretor. Ele acrescenta que, excluídos aqueles que não atenderam o chamado, que faltaram à consulta, não precisavam de cirurgia ou desistiram do procedimento, restaram cerca de 10% dos pacientes, que passaram por cirurgia nestes últimos três meses.

Foi o caso de Michele Leme Daros, operadora de máquinas que, por conta do trabalho pesado e repetitivo, acabou lesionando o ombro direito. “Quando recebi a ligação do hospital foi uma mistura de emoções: alívio e um pouco de medo. Mas hoje estou muito satisfeita. Foi tudo muito rápido, eu consegui fazer a cirurgia e resolver meu problema”, afirma ela, que, agora sem dor, pretende voltar a trabalhar em sua antiga função.

A foto, uma visão panorâmica do hospital Brasilândia, mostra uma fachada com vidros espelhados e revestimento azui

Fachada do Hospital Brasilândia, que passou a funcionar como hospital geral em 2022 (Acervo/SMS)


Mais leitos e trabalhadores
Desde dezembro do ano passado, o hospital, localizado em uma região com mais de dois milhões de habitantes, vem expandindo também outros serviços. Foram inaugurados o serviço de Endoscopia e Colonoscopia, além dos atendimentos em cirurgia vascular, buco-maxilo e neurológica. Novos equipamentos para exames, como tomógrafo, foram adquiridos.

O hospital ganhou 86 novos leitos, (20 de UTI adulto, 64 de enfermaria para linha cirúrgica e dois para pediatria), totalizando 270, uma expansão de 49%. No mesmo período, foram contratados 659 colaboradores, totalizando 1.071 profissionais de todas as áreas.

“Essa expansão foi crucial para fazer frente ao aumento da procura no atendimento no hospital, que saltou de 14 mil ao mês, em dezembro, para a média de 19 mil que temos hoje nos prontos-socorros adulto e infantil”, avalia Guilherme, lembrando que os PSs da instituição recebem toda demanda que chega, seja espontânea, por parte de população, ou direcionada por serviços como Samu e Corpo de Bombeiros. Por mês, são realizadas no hospital cerca de 600 internações.

Vale lembrar que o Hospital Municipal da Brasilândia foi inaugurado em 2020 como uma unidade dedicada ao atendimento de pacientes com Covid-19 e transformado em hospital geral em 2022. Desde 2020, até junho deste ano, mais de 380 mil atendimentos gerais foram realizados na unidade hospitalar.