Nassif celebra a inovação no atendimento de urgência em mais de 30 anos dedicados a salvar vidas no Hospital do Campo Limpo

O médico escolheu trabalhar salvando vidas na emergência

A história do médico intensivista José Alberto de Lima Nassif, 74 anos, no Hospital do Campo Limpo, se confunde com a própria história do equipamento de saúde, que foi inaugurado em 1990. Dois anos depois, ele passou a compor a equipe da unidade e participou ativamente da implantação do serviço, que atende 6 mil pacientes por mês, na zona sul da cidade.
Naquela época, com quase 15 anos de experiência como intensivista, ele sabia que ainda havia bastante o que vivenciar na profissão que escolheu. “Aprendi muito aqui dentro, porque realmente isso aqui é uma escola, todo dia é uma coisa diferente. Para quem gosta de urgência e emergência como eu, de atender o paciente, ser útil nesses casos, é o lugar certo.”

Atualmente, além de coordenar o pronto-socorro, Nassif é responsável pelo fluxo de demandas e gerenciamento no Núcleo Interno de Regulação (NIR), “o coração do hospital”, onde lida com a destinação de vagas para internações, procedimentos, gestão de leitos e informações dos pacientes. Agora ele já ultrapassou mais de 40 anos de atividade e aquela paixão antiga ainda mantém a chama acesa. “Fazer medicina é ser eficiente ao fazer um diagnóstico rápido, tomar atitudes para salvar vidas e diminuir os danos ao paciente”, define.

Ao longo desses anos, o médico presenciou muitas evoluções na área da saúde. Enfrentou as pandemias de H1N1, em 2009, e de Covid-19, em 2020. Viu o atendimento na cidade ser adaptado durante as crises sanitárias para salvar o maior número de pacientes infectados.

A foto mostra Nassif, um homem branco de cabelos grisalhos, vestindo um jaleco branco, sentado em um escritório.Intensivista, ele coordenada o pronto-socorro de um dos principais hospitais da cidade. (Foto: Divulgação/SMS)


Trombolíticos reduzem mortes nas emergências
A mais recente revolução nesse campo, segundo ele, está no uso dos medicamentos trombolíticos, ministrados para dissolver coágulos em caso de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM) em pacientes que chegam aos serviços de urgência na rede municipal. O medicamento é adquirido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para reduzir os índices de mortalidade por eventos cardiológicos nas emergências, e tem surtido bom resultado.

Diante de sintomas, como dor torácica, o paciente passa pelas etapas de diagnóstico e, conforme o protocolo, recebe a medicação que permite reverter o AVC ou IAM, evitar sequelas, e até mesmo a morte. “A função do trombolítico é reduzir o coágulo ou desobstruir a artéria, mantendo o vaso aberto e permeável. Se você tem uma área de pouca circulação durante muito tempo, vai perdendo músculo cardíaco. Se administra a medicação em tempo hábil, além de preservar a vida, mantém a função do coração”, explica.

Prestes a se aposentar das atividades do hospital, foram muitas as histórias com desfechos que, segundo o médico, transformaram a vida dessas pessoas e a dele mesmo “Conseguir tirar o paciente de uma situação crítica instável, e colocá-lo em uma vida praticamente normal, é uma alegria, a retribuição que a gente leva para sempre nessa profissão”, emociona-se.  
 
Q+
Uma das coisas que Nassif mais gosta de fazer, quando trabalhando, é conhecer outros países com a esposa Evani. Aliás, ter mais tempo para a família, segundo ele, são os planos para a aposentadoria. E, claro, investir mais nos hobbies de cultivar plantas frutíferas e fazer artesanato em madeira.

Foto de Nassif com a esposa e os três filhos do casal
 Nassif com a esposa, Evani, e os três filhos: Daniel,Guilherme e Silvia. (Foto: Acervo pessoal).

Para conhecer mais da história de Nassif, assista: