Gianecchini brilha no CEU Inácio Monteiro

Nesse domingo (20), cerca de mil pessoas tiveram o privilégio de assistir, em duas sessões, o ator Reynaldo Gianecchini, que brilhou durante a apresentação da peça Cruel, no CEU Inácio Monteiro, localizado na Rua Barão Barroso do Amazonas, s/nº Setor Inácio Monteiro.

O espetáculo Cruel, peça de autoria do sueco August Strindberg é uma trama que mistura drama e suspense, ao explorar as relações, como amor, ódio, desconfiança e paixão. Sob adaptação e direção de Elias Andreato, tem no elenco os atores Reynaldo Gianecchini, Maria Manoella e Erik Marmo.

Gustavo (interpretado por Gianecchini) é um homem movido pela vingança, capaz de conduzir situações para conquistar seus objetivos. Com isso, o personagem se aproxima da ex-mulher, a sedutora Tekla (papel de Manoella), para manipular seu atual marido, o inseguro pintor Adolfo, vivido por Marmo, que acaba caindo nas armadilhas do egocêntrico e cruel Gustavo, que o leva à morte.

Após uma interrupção de nove meses para esperar Reynaldo Gianecchini se recuperar de um linfoma não Hodgkin de células T - um tipo raro de câncer que atinge as células de defesa do organismo, o espetáculo retomou em abril, com final de temporada nesta apresentação no CEU Inácio Monteiro. O espetáculo Cruel fez parte do programa CEU é Show, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, que já promoveu mais de 800 atrações gratuitas entre os 45 Ceus.

No final da apresentação, os atores tiveram um breve bate-papo com o público e muitas questões foram feitas, relacionadas à peça. Uma delas, direcionada à Gianecchini , sobre se “Um homem um dia vai conhecer a mulher profundamente”, conforme disse o seu personagem na trama. Para ele, isso não é possível, porque “a mulher é um ser muito complexo”. Para ampliar ainda mais sua justificativa, remeteu-se ao autor, dizendo que a criação da obra é o reflexo da vida do autor que sofreu muito com as mulheres, vivendo relações tumultuadas. E conclui que o excesso amoroso se traduz na liberdade agradável de amar, receber e assimilar o que o outro tem para dar”.

Na parte externa, uma fila com mais de 400 pessoas aguardava para o início da peça. A dupla mãe e filha Valéria Barbosa (40), e Joyce Barbosa (16) estavam ansiosas para ver Gianecchini, “Por tudo que passou, ele é uma superação de vida, além de ser um bom ator e muito bonito”, disse Joyce. Apesar da tietagem, Valéria lembrou que essa iniciativa de trazer o teatro para a periferia é muito importante para ter a oportunidade de apreciar a arte de interpretar e aumentar a nossa cultura. Exclamou.

Texto: Assessoria de Comunicação/SP-CT