Subprefeitura Freguesia/Brasilândia intensifica limpeza de córregos da região

500 toneladas de detritos são retirados todos os meses dos córregos

A Subprefeitura Freguesia/Brasilândia tem intensificado a limpeza dos Córregos na região, a fim de evitar enchentes e trazer maior segurança à população de cerca de 480 mil habitantes. Ao todo, são mais de 28 km distribuídos em 42 córregos, cinco deles canalizados.

O trabalho árduo é realizado diariamente por duas equipes de 10 homens, que seguem atendendo a cinco bacias hidrográficas dos Córregos Taguaçu; do Bananal; Verde; Rios das Pedras e Cabuçu de Baixo, diariamente. “Além dessa equipe de trabalho manual, há ainda o pessoal que vem com quatro caminhões. Eles trabalham com escavadeira hidráulica e retro-escavadeira”, conta seu Antônio Rabello.

Acostumados a retirar com as próprias mãos, no mínimo 3 mil quilos de lixo e entulho, em trecho de 950 metros quadrados dos córregos, Paulo César Germânio da Silva conta que a equipe encontra de tudo dentro dos leitos. Desde animais mortos, garrafas pets, plásticos, sofás, colchões a utensílios domésticos e madeira. “O mais triste é perceber que a população não colabora para preservar a natureza e deixar a cidade limpa”, desabafa.

A média de detritos retirados manualmente é de 100 toneladas, em 33,8 mil metros quadrados de córregos percorridos, por mês. No mesmo período, a equipe de máquinas retira cerca de 400 toneladas de detritos dos córregos.

Dentre os principais córregos das bacias hidrográficas da região, há os conhecidos Córrego da Onça e do Canivete, da Bacia Itaguaçu; do Córrego do Vila Iara, que pertence a Bacia do Córrego Verde; e do Córrego do Cabuçu, que fica na região da Bacia Rio Cabuçu de Baixo.

Dificuldades enfrentadas, que trazem bons resultados

Uma das maiores dificuldades apontadas pelo encarregado, Antônio Rabello, que há sete anos está à frente das equipes, as quais trabalham das 7h às 17h, é trabalhar com córregos que estão acima do nível da rua. “Um desses casos é o Córrego do Bananal, à Rua Antonio Rocha Mattos Filho, no Jardim Princesa, na Brasilândia”, ressalta.

Ele conta que por causa das enchentes causadas por esse córrego, até uma escola foi demolida. “Hoje, o problema não existe mais, graças a Deus. Nós trabalhamos com muito afinco, de duas a três vezes por mês nos mesmos córregos para evitar as temidas enchentes”, esclarece.

Em outras situações, quando existe a necessidade da limpeza por baixo das casas de alvenaria, construídas em áreas invadidas, as equipes de limpeza dos Córregos se esforçam ainda mais. “O acesso é muito difícil, e nós ficamos, não digo rastejando, porém agachados realizando a limpeza”, conta João Batista da Silva, encarregado da equipe do setor de limpeza manual.

Um desses exemplos é o Córrego Fazendinha, que fica na Rua João Rodrigues Chaves, no Jardim Macedônia, na Brasilândia. Por lá, os homens trabalham ajoelhados e chegam a retirar muitos pedaços de madeiras, sacos de lixo e o que mais pensar. A situação também é encontrada nos córregos da Onça, das Ruas Talhamar, Projetada II, Vitantônio Mastrosa e da Rua Araripira.

O Subprefeito da Freguesia/Brasilândia lembra que o problema dos córregos sujos deriva da questão educacional, saúde pública e principalmente conscientização. “Por isso relançamos o programa Lixo no Lixo, que levamos informações às crianças, no intuito de que repassem aos amigos e familiares, formando multiplicadores. E tem mais, por causa desse trabalho intenso de limpeza dos córregos não registramos nenhuma ocorrência de inundação na região. Agora água escoa com rapidez”, ressalta.