I Seminário de Defesa às Manifestações Afrodescendentes

Casa de Cultura do Itaim Paulista comemora o Dia da Consciência Negra com palestras, filmes, apresentações de dança e exposição de arte

Aconteceu na Casa de Cultura do Itaim Paulista (13/11) o “I Seminário de Defesa às Manifestações Culturais e Políticas Afrodescententes”, com a temática "Oju Orun Ayê" – “De Olho no Céu e na Terra”, em comemoração ao mês da consciência negra.

As atividades culturais tiveram início às 13h, com apresentação do filme "O legado de Steve Biko", um ativista do movimento anti-apartheid na África do Sul, durante a década de 1960 que morreu em prol da luta contra a segregação racial. Na seqüência, debate sobre o conteúdo apresentado.

Simone França, membro da entidade UNEGRO, marcou presença falando sobre as conquistas que os movimentos negros nacionais trouxeram de importante para as comunidades afrodescendentes. Além disso, Jorge Rafari, do grupo de percussão “Batukando a Vida”, divulgou algumas mensagens de lutas e conquistas por meio da música, com composições de sua autoria e de outros intérpretes da MPB.

Afora as palestras citadas, a dança afrodescendente teve seu momento. Nenê Afro, coordenadora da oficina de dança afro na Casa de Cultura, palestrou sobre o receio que a cultura afro ainda transmite às pessoas que a desconhecem. D’Antiga, conhecido precursor do Hip Hop na região, falou da importância desse estilo musical nas comunidades e, Thuana, professora de dança do grupo "Raiz", divulgou a expansão e fortalecimento da expressão corporal na forma de dança afro, cada vez mais presente na comunidade.

Transformação social, cultural e política que a capoeira traz à vida dos jovens e adolescentes e a importância das políticas públicas para as comunidades negras marcaram demais palestras, debates e seminários ao longo do dia. Simultaneamente, no andar superior da Casa de Cultura, acontecia exposição artística com obras de Nenê, Estela Mar e Fundação Casa - Unidade Encosta Norte.