Prefeitura amplia em sete vezes número de consultas do diagnóstico precoce do glaucoma por mês

Rede municipal tem capacidade para atender 20 mil pacientes e fila está praticamente zerada

 A Prefeitura de São Paulo ampliou em sete vezes a capacidade para realizar consultas do diagnóstico precoce do glaucoma, que afeta de 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos e pode causar cegueira, e praticamente zerou a fila para o primeiro atendimento na cidade.

A fila para o primeiro atendimento foi praticamente zerada, e hoje tem 90 pacientes aguardando pela primeira avaliação do diagnóstico na rede municipal. Em 2021, havia 21.550 pacientes na fila.

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o mundo. Porém, é evitável quando a doença é detectada e tratada nos estágios iniciais. Os cuidados devem ser redobrados porque o glaucoma evolui, na maioria das vezes, de forma silenciosa.

Os resultados positivos retratam a eficiência da implementação, em 2021, da Linha de Cuidado do Glaucoma, que aperfeiçoou e ampliou a estrutura para a realização dos exames e do tratamento especializado aos pacientes.

Hoje, a rede municipal tem estrutura para realizar 20 mil consultas por mês (7 mil para o diagnóstico e 13 mil para acompanhamento), de acordo com dados atualizados da Secretaria Municipal de Saúde.

Em 2021, segundo a pasta, a capacidade era de 2.840 consultas por mês (340 para a primeira avaliação e 2,5 mil para consultas de acompanhamento pós-diagnóstico).

“Investimos na ampliação dos serviços oftalmológicos especializados e na qualificação da fila de espera, priorizando o primeiro atendimento para diagnóstico de glaucoma baseado nos critérios de gravidade de risco para a doença. Isso agilizou o diagnóstico, o acompanhamento e o tratamento, colaborando, portanto, para melhorar o prognóstico visual dos pacientes”, afirma a coordenadora geral da área de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Marcela Passerini.

Linha de Cuidado do Glaucoma
O início do tratamento da Linha de Cuidado do Glaucoma se dá nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) quando os pacientes são encaminhados para os serviços de oftalmologia básica na rede, como Hospitais Dia (HDs), AMAs Especialidades e Ambulatórios de Especialidades (AMEs).

Os pacientes identificados pelo oftalmologista como “suspeitos para a doença” são encaminhados para os prestadores de serviços habilitados para o tratamento do glaucoma: Instituto Suel Abujamra, Instituto Cema, Ipepo - Instituto da Visão e Hospital da Santa Casa de Santo Amaro.

“O oftalmologista geral tem um papel fundamental nesta linha de cuidado, pois identifica os sinais clínicos sugestivos da doença, os fatores de risco e encaminha o paciente para os serviços oftalmológicos habilitados para tratamento do glaucoma”, afirma Patrícia Miyasato, oftalmologista da Central Cirúrgica de Procedimentos Eletivos.

Segundo ela, a regulação do município recebe, diariamente, cerca de 500 solicitações para essa linha de cuidado, sendo 100 para avaliação especializada e diagnóstico em glaucoma, geradas pelos oftalmologistas gerais da rede municipal, e 400 para manter o acompanhamento dos pacientes portadores da doença nos serviços habilitados.