Prefeito abre conferência internacional de segurança alimentar e mostra ações da Prefeitura para garantir 2,6 milhões de refeições por dia

Evento com especialistas em medidas de combate à fome do Brasil e exterior é realizado nesta terça e quarta

O prefeito Ricardo Nunes abriu a Conferência Internacional Josué de Castro sobre Segurança Alimentar e Combate à Fome – Patrono: Alysson Paolinelli nesta terça-feira (28) mostrando as ações de combate à fome que a Prefeitura de São Paulo põe em prática. Diariamente, os programas do município fornecem 2,6 milhões de refeições, das quais 2,3 milhões somente nas escolas municipais. O encontro é realizado nesta terça e quarta.

“São Paulo tem hoje uma política de segurança alimentar e nutricional com diversos programas bem-sucedidos, responsáveis por garantir o acesso da população mais pobre a alimentos e refeições em quantidade suficiente e com a necessária qualidade”, disse o prefeito.

Neste mês, as medidas adotadas pela gestão municipal, que já distribuiu 5,5 milhões de refeições neste ano e fornece 7 mil cestas básicas por dia, foram elogiadas pela representante da ONU na Itália.

Nunes destacou os diversos programas que a administração municipal executa para distribuição de refeições, além do Armazém Solidário, que oferece alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade com um custo até 30% menor do que o praticado nos mercados da cidade, e das ações de incentivo aos agricultores da capital para permanecerem em suas propriedades na zona rural da cidade, sobretudo em Parelheiros e Capela do Socorro, ambas no extremo Sul. “Mantendo o produtor rural naquele local, a cidade mantém a preservação do meio ambiente e a família fixada no campo”, concluiu Nunes.

O prefeito Ricardo Nunes considera que a cidade de São Paulo tem o maior conjunto de programas de Segurança Alimentar da América Latina. “Ao todo, são 2,6 milhões de refeições distribuídas por dia em São Paulo, fazendo da nossa cidade referência mundial no combate à fome. Ainda temos os Armazéns Solidários, que comercializam produtos a custo baixíssimo para a população mais carente. Combater a fome é prática, não apenas discurso”, disse Nunes.

Nesta terça e quarta, a Conferência Internacional Josué de Castro sobre Segurança Alimentar e Combate à Fome – Patrono: Alysson Paolinelli será palco de palestras e mesas de discussão com especialistas globais no combate à fome. A produção de alimentos será tratada como tópico-chave da discussão.

Para o secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo, os temas abordados buscam caminhos para um futuro com alimento para todos, mas também maneiras de incluir todos os agentes que trabalham no setor, sem preconceitos. “O agronegócio, por exemplo, desempenha um papel fundamental na garantia de alimentos para as gerações futuras, pois é responsável pela produção em larga escala em muitas partes do mundo”, diz Rebelo.

Um dos palestrantes, o professor de economia e direito da FGV Daniel Vargas, afirma que a inclusão do desenvolvimento deve buscar a comunicação entre setores públicos, privados e sociedade. “Não há como imaginar um mundo sustentável do ponto de vista alimentar sem que o agronegócio e os ambientalistas sentem para conversar, por exemplo”, comenta Vargas.

A conferência é dividida em diversos painéis, que abordarão temas como as fronteiras globais da produção e comércio: América Latina, Ásia e África; a nova geopolítica do alimento: comércio vs. sustentabilidade; os protestos de agricultores europeus e reorientação de políticas agrícolas e comerciais; a Amazônia, sua produção de alimentos e desenvolvimento regional; o papel social da carne. Veja aqui a programação completa e como se inscrever.

O evento tem ainda o apoio da SP Negócios e da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Ações do município
O programa de Alimentação Escolar da cidade de São Paulo é um dos maiores do mundo. Todos os dias, são servidas 2,3 milhões de refeições, para mais de um milhão de estudantes da Rede Municipal de Ensino. Além disso, no período de férias escolares, a Prefeitura distribui 400 mil cestas básicas a estudantes de baixa renda durante o período de férias ecolares. Também nesse período, as escolas ficam abertas para o programa Recreio nas Férias, em que é fornecida alimentação.

Até o dia 23 de maio, a Prefeitura havia distribuído 5.546.123 refeições servidas à população em situação de vulnerabilidade social apenas neste ano. A ação é realizada por meio dos programas Rede Cozinha Escola, Rede Cozinha Cidadã e Bom Prato Paulistano, geridos pela Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento, vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDCH), e financiados pelo Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo (FAASP). O Alimentômetro é publicado diariamente pelo site da secretaria de Direitos Humanos, com informações sobre as refeições distribuídas por estes três programas.

Rede Cozinha Escola
Produzir refeições para oferecer à população vulnerável da cidade, por meio da parceria entre a Prefeitura e Organizações da Sociedade Civil (OSCs), é o objetivo do Programa Rede Cozinha Escola.

São 65 cozinhas de associações comunitárias que produzem, no mínimo, 400 refeições diárias de segunda a sábado. São 26 mil refeições servidas todos os dias. As OSCs também oferecem capacitação para as pessoas que trabalham nesses locais e geram empregos, com 576 postos com carteira assinada, além de oportunidade de aprendizado, na prática, para 192 beneficiários do Programa Operação Trabalho (POT), vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET).

Rede Cozinha Cidadã
Criada durante a pandemia de Covid-19, para combater a fome da população mais vulnerável, o Rede Cozinha Cidadã funciona em parceria com restaurantes credenciados. Esses locais preparam as refeições distribuídas para organizações da sociedade civil que fazem a entrega para esse público. Atualmente, as 16.600 refeições diárias são entregues em 43 pontos da cidade, de segunda a domingo.

Bom Prato Paulistano
Em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, o Bom Prato Paulistano oferece café da manhã e almoço em duas unidades na Zona Sul. O café da manhã custa R$ 0,50 e almoço R$ 1. Crianças de até 6 anos e população em situação de rua não pagam. A unidade de M’Boi Mirim serve 1.900 refeições por dia e a de Parelheiros 1.700, totalizando 3.600 refeições de segunda a sexta-feira.

 

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