Cidade investe em obras de drenagem para combater enchentes

Áreas de risco recebem intervenções para aumentar em mais de 50% capacidade de reservação. Investimento será de 4,8 bilhões de reais, com recursos do município e do governo federal.

Com o intuito de diminuir os impactos da chuva na cidade, a Prefeitura de São Paulo investe em ações nas principais áreas de risco para enchentes e alagamentos. O objetivo é aumentar em mais de 50% a atual capacidade de reservação de água. Para isso, a cidade conta com 13 obras de drenagem, com um investimento total de R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões do Orçamento Geral da União, R$ 500 milhões do Programa Minha Casa Minha Vida e R$ 1,9 bi da administração municipal.

No verão 2014/2015 foram concluídas 48 obras de microdrenagem em toda a cidade, que representaram um investimento de R$ 96 milhões. No verão 2015/2016 outras 12 obras foram contratadas, com orçamento de R$ 19 milhões.

Atualmente, as obras de macrodrenagem do córrego Ribeirão Perus, zona norte, estão em fase de licitação. Serão realizadas obras de controle de inundações, que beneficiarão a região central do bairro, com a implantação de cinco reservatórios para acomodação das águas das cheias, além de obras de drenagem, construção de túneis e canalização do córrego. Essas obras terão financiamento do PAC e participação do Programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de cerca de 100 unidades habitacionais.

A obra prevê ainda a construção de um Parque Linear com aproximadamente um milhão de metros quadrados que, além de servir como uma nova área livre para lazer da população, aumentará o tempo de escoamento da água da chuva, evitando vazão muito grande para o rio. A previsão é que as intervenções sejam iniciadas ainda no primeiro semestre de 2016,para que em 36 meses comecem a beneficiar os moradores do entorno, atendendo a uma demanda de mais de 45 anos.

O sistema Ponte Baixa já recebeu recursos de R$ 765 milhões e tem 85% de suas obras entregues. A canalização do Córrego do Cordeiro já recebeu recursos de R$ 177 milhões para a fase 1 e deve estar concluída até julho de 2016. Mesmo com seus dois piscinões ainda não finalizados, as intervenções já auxiliam no combate às enchentes, com capacidade de reservar juntos 80 mil metros cúbicos de água.

A operação de canalização e drenagem dos córregos Sumaré e Agua Preta já receberam investimentos de R$ 161 milhões e estão com 83% de execução. Os principais locais de redução de alagamentos com essas obras são: Rua Turiassu, Praça Marrey Júnior, SESC Pompeia, Shopping Bourbon e Avenida Francisco Matarazzo.

Ainda na área de drenagem, a Prefeitura contratou sete grandes obras, que totalizam mais de R$ 1,6 bilhão (canalização dos córregos Zavuvus, Aricanduva, Ipiranga, Tremembé, Paraguai/Éguas, Paciência, Capão Redondo) e está em fase de licitação de outras três obras (canalização dos córregos Ribeirão Perus, Freitas e Cordeiro Fase 2).

A Prefeitura agrupou os locais de alagamentos recorrentes no período de chuvas de verão nos últimos cinco anos e priorizou 40 deles a partir do maior volume de chuvas nesse período; aqueles localizados no minianel viário e áreas de influência; e os de maior ocorrência no último verão. A partir disso, disponibilizou cinco caminhões especiais com hidrojatos para a limpeza das bocas de lobo e dos ramais. Cerca de 1,3 milhão de metros lineares de galerias e ramais foram limpos. A operação continua.

Outra ação importante foi a de limpeza dos piscinões. Nada menos do que 270 mil metros cúbicos de piscinões foram limpos. Da mesma forma, mais de 2,5 milhões de metros lineares de córregos.


Outras medidas contra enchente
Como realiza todos os anos, desde 2013, a Prefeitura elaborou um Plano Preventivo, que organiza as informações e as ações da administração para minimizar o impacto esperado junto à população.

Para auxiliar o escoamento da água, a Prefeitura aprimorou os serviços de coleta de lixo. São 12 mil toneladas de lixo e outras 288 toneladas de lixo reciclável recolhidos diariamente na cidade. Os bueiros e as bocas de lobo passaram por um processo permanente de limpeza. Ao longo do ano, 422 mil bueiros foram limpos.

A Prefeitura também identificou 287 pontos de alagamento na cidade, dos quais 199 serão avaliados semanalmente e 88 quinzenalmente. Das cerca de 7.400 bocas de lobo destes pontos, 5.130 serão limpas semanalmente e 2.270 quinzenalmente.

Fonte: Portal da Prefeitura de São Paulo