Três grandes obras de drenagem serão entregues em 2016

Prefeitura executou R$ 1 bilhão desde 2013, com recursos do município e do PAC. Há três obras adiantadas e outras 10 viabilizadas para combater enchentes e alagamentos. Juntas vão aumentar em mais de 50% capacidade de reservação da cidade.

Desde 2013, a Prefeitura executou mais de R$ 1 bilhão em obras de combate a enchentes e alagamentos com o objetivo de diminuir os impactos da chuva na capital. A gestão municipal viabilizou 13 grandes obras de drenagem, nove delas na periferia. Quando concluídas, as intervenções vão aumentar em mais de 50% a atual capacidade de reservação de água na cidade.

Das 13 obras, três delas estão em execução, sete contratadas prontas para serem iniciadas e três delas estão com editais publicados. No total, serão investidos R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões do Orçamento Geral da União, R$ 500 milhões do Programa Minha Casa Minha Vida e R$ 1,9 bi da administração municipal. O orçamento de 2016 prevê mais de R$ 1.1 bilhão.
Neste ano, estão previstas as entregas das obras nos córregos Ponte Baixa (M’Boi Mirim), Fase 1 Cordeiro (Cidade Ademar) e Sumaré/Água Preta (Lapa).

Para o verão 2014/2015 também foram concluídas 48 obras de microdrenagem em toda a capital, que representaram investimento de R$ 96 milhões. No verão 2015/2016, outras 12 obras foram contratadas, com orçamento de R$ 19 milhões. Clique aqui e acompanhe as obras.

Para auxiliar as ações contra alagamentos na zona leste da cidade, impactada por chuvas fortes entre o fim de dezembro de 2015 e início de janeiro deste ano, as equipes dos canteiros de obras começaram a ser mobilizadas na região do córrego Aricanduva para a abertura de duas frentes de trabalho, uma próxima à Avenida Arquiteto Vilanova Artigas e a outra para a construção de um piscinão.

Na região do córrego Lajeado, além das ações constantes de limpeza e desassoreamento, realizadas pelas subprefeituras, foram concluídas três obras do Programa de Redução de Alagamentos (PRA), duas delas no córrego Una (entre a rua Ubirajara Pereira Madeira e a avenida do Rosário e na rua Manoel Barbosa dos Reis) e no córrego Sítio da Casa Pintada (entre as ruas Frutas do Paraiso e Flor da Redenção), somando R$ 6,779 milhões. Além disso, estão em licitação outras obras de drenagem na rua Antenor Baptista, em São Miguel.

Com o investimento de R$ 565 mil, outra importante ação na região foi o início da execução do projeto da bacia do córrego Itaim. A licitação foi concluída, e o contrato com a empresa vencedora foi assinado. A previsão é que a obra seja concluída neste ano, cumprindo o que está previsto na Meta 105 do Plano de Metas.

Entregas para 2016

O sistema Ponte Baixa recebeu recursos de R$ 765 milhões e tem 85% de suas obras entregues. A canalização do Córrego do Cordeiro recebeu recursos de R$ 177 milhões para a fase 1 e deve estar concluída até julho de 2016. Mesmo com seus dois piscinões ainda não finalizados, as intervenções já auxiliam no combate às enchentes, com capacidade de reservar juntos 80 mil metros cúbicos de água.

A operação de canalização e drenagem dos córregos Sumaré e Água Preta receberam investimentos de R$ 161 milhões e estão com 83% de execução. Os principais locais de redução de alagamentos com essas obras são: Rua Turiassu, Praça Marrey Júnior, SESC Pompeia, Shopping Bourbon e Avenida Francisco Matarazzo.

Atualmente, as obras de macrodrenagem do córrego Ribeirão Perus, zona norte, estão em fase de licitação. Serão realizadas obras de controle de inundações, que beneficiarão a região central do bairro, com a implantação de cinco reservatórios para acomodação das águas das cheias, além de obras de drenagem, construção de túneis e canalização do córrego. Essas obras terão financiamento do PAC e participação do Programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de cerca de 100 unidades habitacionais.

A obra prevê ainda a construção de um Parque Linear com aproximadamente 1 milhão de metros quadrados que, além de servir como uma nova área livre para lazer da população, aumentará o tempo de escoamento da água da chuva, evitando vazão muito grande para o rio. A previsão é que as intervenções sejam iniciadas ainda no primeiro semestre de 2016, para que em 36 meses comecem a beneficiar os moradores do entorno, atendendo a uma demanda de mais de 45 anos.

Ainda na área de drenagem, a Prefeitura contratou sete grandes obras, que totalizam mais de R$ 1,6 bilhão (canalização dos córregos Zavuvus, Aricanduva, Ipiranga, Tremembé, Paraguai/Éguas, Paciência, Capão Redondo) e está em fase de licitação de outras três obras (canalização dos córregos Ribeirão Perus, Freitas e Cordeiro Fase 2).

A Prefeitura agrupou os locais de alagamentos recorrentes no período de chuvas de verão nos últimos cinco anos e priorizou 40 deles a partir do maior volume de chuvas nesse período; aqueles localizados no minianel viário e áreas de influência; e os de maior ocorrência no último verão. A partir disso, disponibilizou cinco caminhões especiais com hidrojatos para a limpeza das bocas de lobo e dos ramais. Cerca de 1,3 milhão de metros lineares de galerias e ramais foram limpos. A operação continua.

Outra ação importante foi a de limpeza dos piscinões. Nada menos do que 270 mil metros cúbicos de piscinões foram limpos. Da mesma forma, mais de 2,5 milhões de metros lineares de córregos.


Outras medidas contra enchente

Como realiza todos os anos, desde 2013, a Prefeitura elaborou um Plano Preventivo, que organiza as informações e as ações da administração para minimizar o impacto esperado junto à população.

Para auxiliar o escoamento da água, a Prefeitura aprimorou os serviços de coleta de lixo. São 12 mil toneladas de lixo e outras 288 toneladas de lixo reciclável recolhidos diariamente na cidade. Os bueiros e as bocas de lobo passaram por um processo permanente de limpeza. Ao longo do ano, 422 mil bueiros foram limpos.

A Prefeitura também identificou 287 pontos de alagamento na cidade, dos quais 199 serão avaliados semanalmente e 88 quinzenalmente. Das cerca de 7.400 bocas de lobo desses pontos, 5.130 serão limpas semanalmente e 2.270 quinzenalmente.

 

Chuvas em 2016

Estudo realizado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) mostra que a zona leste da capital registrou no último mês de dezembro chuvas cerca de 20% acima da média histórica e também mais intensas do que no restante da cidade. Durante todo o mês, o acumulado mensal foi de 202 milímetros em média na cidade, valor que corresponde a aproximadamente 4% acima dos 194,9 milímetros esperados para o mês. Na zona leste, está média foi de 239 milímetros, com destaque para três subprefeituras: São Mateus, com 417,7 milímetros, Penha, com 316,9 milímetros, Itaim Paulista, com 313 milímetros.

De acordo com o CGE, dezembro concentrou uma grande sequência de precipitações fortes e volumosas na segunda quinzena. Enquanto os primeiros 15 dias acumularam apenas 58,4mm, a segunda metade do mês registrou 143,5mm. Ao todo, foram 26 dias de chuvas, sendo dez deles com acumulados diários superiores a 10mm. O dia mais chuvoso foi 21 de dezembro, que registrou 26,2mm em média na cidade, o que corresponde a pouco mais de 13% dos 194,9mm esperados o mês. Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

 

Fonte: Portal da Prefeitura Municipal de São Paulo / SECOM