Cadastro e execução de serviços nas árvores - SISGAU

Começou nesta semana a remoção das 196 árvores com risco de queda em Perdizes, diagnosticadas pelo SISGAU - Sistema de Gerenciamento das Árvores Urbanas. O projeto mapeou e examinou árvore por árvore no perímetro das ruas Turiassu, Diana, Pedro da Costa, José Donateli, Piracuama, Professor Alfonso Bovero e Sumaré, que contava com 263 SACs registrados.

No segundo semestre de 2009, engenheiros e arquitetos da Gerência de Áreas Verdes, paisagismo e arborização da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras colocaram em prática um projeto inédito na cidade de São Paulo: o cadastramento das árvores da cidade e agora, a partir desse cadastro começaram os serviços.

O cadastramento tem por objetivo conservar, renovar e ampliar a arborização. Ele foi feito por meio do Sistema de Gerenciamento das Árvores Urbanas – SISGAU, desenvolvido pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. A partir das informações será possível minimizar as ocorrências de acidentes causados pela queda de árvores e reduzir as solicitações de remoção e de poda de árvores no Sistema de Atendimento ao Cidadão da Prefeitura de São Paulo – SAC.

A região da Subprefeitura Lapa foi escolhida para o início do projeto na cidade, pois em virtude das suas 318 praças e canteiros verdes que totalizam 1.500.000 m², contabilizava 4.453 solicitações de poda ou remoção de árvores. Cerca de 500 deles redundantes (vários para a mesma árvore). Os quatro mil pedidos restantes foram mapeados por logradouro e solicitação. O resultado mostrou que Perdizes era o distrito que mais acumulava reclamações. Definiu-se, então, que o cadastramento começaria por lá, no quadrilátero entre as ruas Turiassu, Diana, Pedro da Costa, José Donateli, Piracuama, Professor Alfonso Bovero e Sumaré, que contava com 263 SAC registrados.

Após a escolha do local, doze engenheiros agrônomos e um engenheiro florestal foram a campo, examinando árvore por árvore do perímetro definido. Para cada árvore foi preenchido um formulário de diagnóstico que compreende mais de 60 itens, como: localização, condições do entorno, canteiro, permeabilidade, características dendrométricas, avaliação do sistema radicular, do colo, do tronco, da copa, etc. "Foi feita uma avaliação minuciosa, a partir da qual pode-se montar um plano de trabalho que não apenas seja capaz de atender às demandas das pessoas, mas resolver problemas que ainda nem foram identificados por elas", conta a Subprefeita da Lapa.

Ao final, soube-se que o total de árvores existentes no espaço público (calçadas, canteiros centrais, praças etc) é 1239. Dessas, só 120 não precisam de intervenção alguma. Outras 904 precisam de algum tipo de manejo (poda, ampliação de canteiro, remoção de protetor etc) e 196 precisam ser removidas.

Os técnicos também verificaram o potencial para plantio de 643 novas árvores na região, que iniciará logo após a execução das intervenções necessárias. "Mesmo com as remoções, a previsão é que no final do projeto tenhamos 1.838 árvores, isto é, 51% a mais", comemora a Subprefeita.