Audiência pública discute medidas para a redução de mortes no trânsito na região da Lapa

Plano Vida Segura será lançado em 2019

 

A Subprefeitura Lapa recebeu na noite da última segunda-feira (17) audiência pública do Vida Segura, plataforma de medidas para a redução de mortes no trânsito na cidade de São Paulo que será lançado em 2019.

O plano, que ainda está em processo de elaboração, receberá até o dia 6 de janeiro contribuições de todos os munícipes no endereço https://vidasegura.prefeitura.sp.gov.br/plataforma/. Em seguida, será realizada uma audiência pública final de retorno para apresentação e publicação.

“O objetivo é, a partir dessa versão inicial, que ainda está em construção e não é a uma versão fechada, colher as sugestões da sociedade para então elaborar a versão definitiva”, explicou a assessora técnica da Secretaria de Mobilidade e Transportes, Carolina Cominotti, que conduziu a audiência.

Cominotti deu voz aos presentes e acolheu sugestões para a segurança viária dos bairros que compõe a regional: Lapa, Barra Funda, Perdizes, Vila Leopoldina, Jaguara e Jaguaré. As audiências estão sendo feitas nas 32 subprefeituras.

Segundo estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a cidade de São Paulo gastou, entre os anos de 2015 e 2017, R$ 820 milhões com os acidentes de trânsito que matam, por dia, uma média de 2,2 pessoas. Em 2017, foram 6,56 mortes por cem mil habitantes em 2017 (veja aqui o estudo completo).

Contribuições

Presentes ao encontro, representantes do Ciclocidade defenderam novas sinalizações e interligações entre as ciclovias já existentes na região para levar mais segurança a pedestres e ciclistas. Eles também apontaram algumas avenidas da região como perigosas para quem utiliza a bicicleta e questionaram quando alguns trechos serão reformados, como o da Avenida Sumaré, e outros construídos (veja mais abaixo).

Representantes de vereadores e moradores da região ressaltaram a importância de campanhas de conscientização e de educação no trânsito e lembraram também que a região tem muitas crianças e idosos e que a maioria está sendo desrespeitada em algumas vias da região.

O subprefeito Carlos Fernandes, mesmo de férias, participou da audiência e afirmou que a mobilidade da Lapa, mais do que qualquer outra subprefeitura, tem característica diferente e precisa ser pensada em sua complexidade. “A Lapa é a entrada do interior de São Paulo. Por aqui chegam veículos de diversas rodovias, sem contar as duas marginais, dos dois lados”.

Ele defendeu o aprimoramento da fiscalização, com tecnologia eficiente, para inibir os excessos. Disse também que é necessário que SPTrans e CET, em conjunto com a Subprefeitura, repensem alguns trechos da região, como o do Mercado da Lapa.

Carlos Fernandes citou algumas obras que estão sendo realizadas pela Subprefeitura e que pensaram na questão da mobilidade urbana, como o Talude da Avenida Presidente Altino (aqui), que construiu um espaço seguro para os passageiros dos ônibus, e a reforma de calçadas, como o da Rua Doze de Outubro, próximo ao Marcado, e a da Rua Catão, perto ao Hospital Sorocabano.

Disse ainda que não é aceitável, em hipótese alguma, ter faixas de travessia apagadas no entorno de escolas e hospitais. “Precisamos ter uma forte política institucional de sinalização”.

Para ele, "bicicletas vieram para ficar”. “Nossa gestão pensou em diversos pontos para a segurança de pedestres e ciclistas”. Como exemplo, citou a assinatura para elevar os pontos de compartilhamento de bicicletas na região e a parceria com a Bloomberg, que vai que vai aumentar a segurança entre ruas Coriolano, Pio XI, Nossa Senhora da Lapa e Thomé de Souza. A intervenção viária contará com a instalação de novos semáforos, placas de sinalização e alargamento de calçadas (veja aqui).

Finalizou afirmando que o “nosso objetivo é não ter nenhuma morte no trânsito”.