Defesa Civil de M’Boi Mirim faz ações preventivas para o período de chuvas

Desde o início do ano, a Coordenadoria Distrital da Defesa Civil de M’Boi Mirim (CODDEC), está trabalhando de forma atuante para evitar e prevenir problemas decorrentes do período de chuvas, que vai de novembro a abril.

Diferente de outras áreas da capital, as demandas mais frequentes em M’Boi Mirim nesta época são os deslizamentos e escorregamentos em encostas, ocasionados pela topografia acidentada e pelas ocupações irregulares.

Pensando em prevenir desastres desse tipo, a Defesa Civil de M’Boi Mirim adotou em 2006, um método usado pela Prefeitura de Petrópolis – RJ, que além de simples se mostrou muito eficiente no monitoramento das áreas de risco: o pluviômetro feito de garrafa pet.

O processo de fabricação do objeto é fácil, basta cortar a parte superior da garrafa e colar um adesivo com as marcações feitas em milímetros. Todo o material é fornecido pela Subprefeitura M’Boi Mirim e a confecção é realizada em oficinas com os agentes de defesa civil e os voluntários que fazem parte do NUDEC (Núcleo de Defesa Civil).

O NUDEC é formado por um grupo comunitário organizado e capacitado que participa de atividades de defesa civil, atuando em seus próprios bairros, principalmente, nos momentos emergenciais, agindo como um braço da Defesa Civil na comunidade afetada.

Atualmente, existem cerca de 50 voluntários que possuem a ferramenta instalada em suas residências e participam do monitoramento, sendo os responsáveis em fazer a leitura e o relatório diário dos índices pluviométricos.

Caso a ferramenta indique que o índice pluviométrico esteja atingindo o nível de alerta, o voluntário é responsável por avisar os moradores daquele bairro que é preciso sair das casas ou erguer os móveis, evitando tragédias e prejuízos.

A quantidade de água acumulada necessária por metro quadrado para provocar um deslizamento, varia de acordo com o local, sendo diferente em cada uma das mais de 50 áreas de risco mapeadas pelos geólogos da subprefeitura. Em média, a Defesa Civil considera estado de atenção acima de 50 milímetros e acima de 70 milímetros estado de alerta. Acima de 100 mm é considerado alerta máximo.

A partir da próxima semana, a Defesa Civil de M’Boi Mirim vai iniciar o recadastramento dos voluntários e abrir novas vagas para quem deseja participar. Finalizado o processo, todos serão capacitados e poderão atuar em suas comunidades. Os interessados devem procurar a Defesa Civil, na sede subprefeitura, Av. Guarapiranga, 1265, ou pelo telefone 3396-8479.


Além dessa iniciativa, a Defesa Civil em parceria com a SEHAB Mananciais está realizando desde janeiro, a remoção preventiva em diversas áreas de risco da região. Até o momento, cerca de 600 famílias já foram removidas de locais consideradas de alto risco e estão inseridas nos programas habitacionais.

Foi o caso da Favela da Muriçoca, localizada às margens da represa Guarapiranga, onde em março deste ano 72 famílias residentes em área de risco denominada R4 - risco muito alto, foram removidas e encaminhadas para auxílio aluguel da Secretaria de Habitação. O mesmo acontece com o Jardim Ibirapuera, onde outras 24 famílias também receberam assistência da Prefeitura e hoje não convivem mais com a situação de risco.


Já no Jardim Herculano e Parque Novo Santo Amaro, onde os números de remoções preventivas somados chegam a mais 500, as obras de contenção de margem dos córregos Itupu e Jararaú, respectivamente, estão a todo o vapor, devolvendo a segurança e tranqüilidade para os bairros.

Também em caráter preventivo, a Subprefeitura M’Boi Mirim contratou neste ano, uma empresa especializada para elaboração de 38 projetos técnicos em áreas de risco geológico, contemplando diversas áreas da região.

Paralelamente a estes trabalhos, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vem realizando um estudo em toda a cidade para atualizar e identificar novas áreas de risco. Em M’Boi Mirim, o estudo está em fase avançada e os técnicos do instituto acompanhados dos geólogos da Defesa Civil de M’Boi Mirim estão a campo fazendo o mapeamento. Com esse estudo será possível programar e priorizar ações e obras para as áreas de maior vulnerabilidade.