Respeito pelo meio-ambiente agora se converte em lucro

Empreendedores ambientais se reúnem para discutir propostas que visam gerar empregos e diminuir os resíduos sólidos espalhados pela região

A reciclagem já é um tema bastante conhecido dos paulistanos, ainda que não muito praticada. Em reunião ocorrida na última sexta-feira (03), o grupo EFA (Empreendedores de Fomento Ambiental), se reuniu na ETEC Zona Sul para discutir a idéia de cooperativas sustentáveis em meio a profissionais da OAB de Santo Amaro, representantes das subprefeituras de área manancial – M’Boi Mirim estava entre elas – e caçambeiros que lidam diariamente com o lixo inservível deixado pelas ruas da capital.

A idéia proposta pelos participantes da mesa de discussão é a de se construir uma parceria pública-privada para a construção de espaços de reciclagem sustentável nas subprefeituras de Parelheiros, Capela do Socorro, M’Boi Mirim e Cidade Ademar, subprefeituras localizadas à margem da represa Guarapiranga e que padecem de coleta seletiva. Estas organizações seriam responsáveis por recolher o material inservível deixado em caçambas e demais localidades diariamente, a fim de reciclá-lo e vendê-lo restaurado ao público dos bairros próximos, tornando-se assim auto-sustentável.

Esta iniciativa seria responsável não somente por dar fim ao descarte irregular de entulho, como também por promover a criação de empregos e geração de renda. Um dos pontos que os palestrantes fizeram questão de destacar é o de que a reciclagem deve parar de ser vista como sendo filantrópica, e sim, como uma grande oportunidade de se ganhar dinheiro cuidando do meio ambiente e reaproveitando materiais que seriam jogados fora.”Você está colaborando com o seu problema para deixar alguém muito rico, pode ter certeza” afirma o palestrante Roger, que continua: “A falta de conhecimento que nós da sociedade temos dos benefícios do lixo é muito grande”.

A Subprefeitura de M’Boi Mirim atualmente desenvolve o projeto “Agenda 21”, que realizou reformas de guias com material reutilizável, sem custos adicionais para os beneficiados e para os responsáveis pela obra. Descartes de entulho e comércios em áreas de manancial são constantemente repreendidos pela equipe de fiscalização.