Parque Augusta - Bruno Covas completa um ano e é sucesso entre as opções de lazer do paulistano

Área verde na região central já atingiu 1,6 milhão de visitas.

 O Parque Augusta – Bruno Covas, localizado na região central da cidade, completa um ano neste domingo (6), sendo o mais novo parque urbano da cidade. O espaço tem conquistado o coração dos paulistanos, chegando a marca de 1.631.820 visitas até o final de outubro.

Para comemorar seu aniversário, o Parque receberá algumas atrações, como o número artístico “Bolha da Liberdade”, do grupo holandês Corpus Acrobatics, no domingo (6), às 16h30, atividade que também faz parte da Virada Sustentável. O espetáculo traz o simbolismo da pandemia no imaginário coletivo – todos isolados em suas bolhas, contudo este momento chega ao seu e fim e é possível sair da bolha novamente. Fora da bolha, a reavaliação dos valores como o contato com a natureza, as relações humanas, a preservação do meio ambiente e o sentir-se livre revelam este momento. Por isso “A Bolha da Liberdade”.

E durante todo o mês de novembro estará em cartaz a exposição de xilogravura “Educação”, que acontece na Casa das Araras, edificação tombada do Parque, evocando a importância da educação na história da humanidade e na construção de uma sociedade próspera. A curadoria da atividade é Rafael Balseiro Zin.

Parque

Entre os 23.000 m² do parque, o gramado principal tem recebido destaque, onde diversas pessoas tomam sol, fazem piqueniques e apreciam o contato com a natureza. Já o cachorródromo, recebe dezenas de pets diariamente. A área de eventos, o playground e o redário completam a experiência de lazer e descanso do público. Lá, os frequentadores podem pendurar redes entre as árvores e apreciar o verde. O parque é totalmente acessível às pessoas com deficiência.

O terreno onde hoje é o Parque abrigou do início do século passado até os anos 70 o Colégio Des Oiseaux, tradicional instituição de ensino particular e a partir dos anos 90 pertenceu a uma construtora, mantendo um amplo jardim com diversas espécies de árvores, sendo considerado área de patrimônio ambiental em 1989. A área passou então a ser utilizada como estacionamento, mas mesmo assim moradores podiam aproveitar o espaço e realizar atividades ao ar livre. Ao longo dos anos a comunidade local se organizou para que a área se tornasse pública, discussão que esteve em pauta durante 20 anos.

Em 2018, um acordo envolvendo o Ministério Público, a construtora e a Prefeitura de São Paulo, trocou a área por títulos de potencial construtivo para levantar empreendimentos em outras áreas, assim, a empresa poderia construir em outro local aquilo que seria levantado no Parque Augusta.

Histórico

O histórico de mobilizações pela construção do parque gerou uma comunidade engajada: seu Conselho Gestor, por exemplo, surgiu antes mesmo da implantação do Augusta e seu nome também foi dado pelos moradores da região, como conta o frequentador e membro do Conselho, Sergio Carrera. “Estive envolvido na luta pelo Parque desde os anos 2000, o terreno quase foi um hipermercado, hotel, museu, escola e conjunto de prédios. Nós, os Aliados do Parque Augusta – grupo de moradores e simpatizantes que lutavam pelo espaço – passamos todos esses anos pesquisando forma legítimas de impedir cada uma dessas obras, pois acreditamos e queríamos um espaço verde, democrático e que trouxesse para o bairro algo que falta em São Paulo, sossego e tranquilidade. Hoje o parque é do jeito que eu sonhei e idealizei durante essas duas décadas e cumpre a função de conscientizar e educar as novas gerações”, afirmou Sérgio.

Sua construção foi iniciada ainda em 2019, porém foram paralisadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que identificou potencial arqueológico na área, com a hipótese de existir possíveis resquícios de antigos povos indígenas. Não foram encontrados quaisquer vestígios pré-coloniais, mas a presença de faianças finas, cerâmica, vidro e materiais construtivos da transição do século XIX para o XX.

“Minha família mora na região há décadas, desde o tempo da minha avó. Não cheguei a participar do processo de reivindicação do parque, mas minha posição sempre foi a favor. Temos poucos espaços verdes e de lazer no centro e somos cada vez mais espremidos por novos prédios. A minha preocupação quando me candidatei ao Conselho Gestor era que o parque se tornasse um espaço onde não há regras de uso, uma área degradada que muitas vezes se torna um problema para quem mora na região; felizmente meu receio não se concretizou. O Augusta é um espaço democrático que ainda tem muito potencial inexplorado e a atuação do administrador tem sido fundamental para que o parque siga sendo um oásis no centro de São Paulo”, afirma Maurício Bertoni, outro membro do Conselho Gestor.

“A implantação do Parque Augusta foi um grande e feliz desafio, foi um exemplo de como alcançar consensos na sociedade em prol da coisa pública. Ver a vida pujante do parque nesse primeiro ano é a maior prova do acerto das decisões tomadas entre Prefeitura, sociedade civil, Ministério Público e antigos proprietários”, diz Tamires Oliveira, coordenadora de Gestão de Parques e Biodiversidade da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), que acompanhou todo o processo de planejamento e implantação do equipamento.

Fauna e Flora

O Augusta registra em sua fauna 21 espécies de aves silvestres, nenhuma ameaçada de extinção, mas três delas – beija-flor-tesoura, carcará e periquito-rico – podem vir a entrar em risco, devido ao intenso tráfico a que são expostas.

Em relação à flora do local há um bosque heterogêneo, com espécies arbóreas nativas e predominantemente exóticas como aglaia, falsa-seringueira e jacarandá-mimoso; frutíferas como abacateiro, mangueira, nespereira, uva-japonesa, e palmeiras como areca-bambu, palmeira-de-leque-da-china e palmeira-washingtonia.

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