A operação, iniciada em 2 de dezembro de 2009, foi realizada a partir de um convênio entre a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, e o Governo do Estado. Policiais militares, em dias de folga, passaram a fiscalizar os ambulantes que trabalhavam irregularmente na região de Santana e imediações. O efetivo empregado nesta região é de, aproximadamente, 80 homens por dia, que trabalham em dois períodos das 6:30h às 14h ou das 14h às 22h, todos os dias, inclusive sábados e domingos.

 

A Operação Delegada é uma oportunidade para policiais militares que queiram usar seus dias de folga para complementar a renda familiar. Os PMs podem trabalhar até 96 horas por mês na Operação.

 

Os policiais que participam da Operação cumprem escalas feitas pela PM, usam farda, viaturas, arma e colete de proteção da corporação e estão completamente protegidos diante de qualquer situação de risco, inclusive com seguro e assistência médica. “Esta atividade é um sucesso em todos os sentidos, pois, em todas as regiões em que foi instituída acabou com a ocorrência do comércio irregular, além de reduzir sobremaneira os índices criminais e aproximar a polícia militar da comunidade, sendo motivo de elogios da população residente, dos comerciantes e das pessoas que trafegam nos locais”, conclui Vinicius Valter Lima, 1º Ten. PM - Chefe Atividade Delegada CPA/M-3.

 

Em 31 de maio, dia em que a Operação Delegada completa um ano na região da Subprefeitura Santana/Tucuruvi constatou-se que esta união de forças tem trazido benefícios ao Município nos centros comerciais populares, melhorando a fiscalização e o combate à criminalidade. “A implantação na zona Norte desta ação esta trazendo resultados representativos para a segurança e a ordem pública de nossa região” concorda João Bico de Souza, diretor superintendente da Associação Comercial de São Paulo, Distrital Norte.

 

A área de abrangência da Operação compreende a Rua Voluntários da Pátria, do início até a altura do n.º 2.500, Av. Cruzeiro do Sul, do n.º 2.800 até 3.600, e suas transversais: Rua Conselheiro Saraiva, Rua Olavo Egidio, Rua Alfredo Pujol, Rua Duarte de Azevedo, Rua Gabriel Pizza, Rua Leite de Moraes, Rua Dr. César, Rua Darzan, Rua Alferes de Magalhães, Rua Ezequiel Freire, Av. Braz Leme, Rua Dr. Luiz Lustosa da Silva e Terminal Santana do Metrô. A área de atuação corresponde, aproximadamente, 12km/dia.

 

A maior parte destas vias possuiam as calçadas obstruídas pelas barracas de ambulantes. Após a implantação da Operação, os pedestres, pessoas com carrinhos de bebê e cadeirantes, podem circular pela via e muitas lojas conseguem expor suas mercadorias, sem que haja o comércio ambulante na frente dos estabelecimentos. Também houve melhorias no paisagismo, em razão da construção de floreiras pela Subprefeitura.

 

Desde a implantação da Operação Delegada, foram apreendidos:

 

- 948 maços de cigarros de diferentes marcas

- 775 óculos

- 183 isqueiros

- 21.045 CDs e DVDs

- 35 quadros

- 26 bolsas

- 72 camisetas

- 15 lenços

- 229 toucas

- 39 bandeiras

- 220 guarda chuvas

- 410 capas de celulares

- 190 cintos

- 9 tapetes

- 5 cortinas

- 3 redes

- 105 cadeados

- 348 pares de meias

- 40 pares de chinelos

- 9 mantas

- 151 cachecóis

- 300 pares de luvas

- 637 carregadores de celular

- 8 pares de sapatos

- 650 colares

 

Os materiais apreendidos como CDs, DVDs, cigarros, isqueiros, óculos, entre outros, são destruídos, conforme legislação vigente.

 

Além destes produtos, a fiscalização também apreendeu carrinhos de ambulantes que vendem alimentos sem o devido cuidado de armazenamento, manipulação e preparo, e que oferecem risco de saúde à população. O consumo destes alimentos contaminados pode transmitir doenças provocadas por micróbios, parasitas ou substâncias tóxicas presentes nos produtos.

 

A operação de zeladoria, que é feita diariamente, recolhe objetos de moradores de rua. Entre os objetos recolhidos estão armas brancas (facas), cachimbos, roupas e resto de alimentos.

 

Até esta data, foram recolhidos de 6 a 8 caminhões/mês de lixo e entulho e descartados no aterro sanitário. Já os produtos piratas apreendidos são armazenados no depósito da Subprefeitura. Os objetos, como os carrinhos de alimentos e bancas de jornal, poderão ser retirados por seus proprietários, em 30 dias após a ocorrência, mediante pagamento de multa e constituição de um processo para avaliar a solicitação. Após este prazo, estes materiais são considerados de propriedade da Prefeitura e destruídos. Por lei, os botijões de gás apreendidos não podem ser devolvidos.