Leilão de Crédito de carbono será 25 de setembro

O prefeito de São Paulo, visitou na manhã do dia 28 de agosto, quinta- feira, o Aterro São João, localizado na Avenida Sapopemba. Acompanhado de sua comitiva, do subprefeitos de São Mateus, do subprefeito de Aricanduva/ Formosa, do Secretário do Verde e Meio Ambiente,  além de uma legião de jornalistas, foi anunciado o 2º Leilão de Venda de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), os chamados créditos de carbono, além disso, também disse que dia 30 de setembro haverá uma audiência pública em São Mateus, a ser realizada no CEU São Rafael, entre a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, representantes das subprefeituras de São Mateus e Cidade Tiradentes, líderes comunitários e interessados, para definir em que obras serão investidos os recursos obtidos com o segundo leilão.
 
Publicado em edital, o leilão foi divulgado na terça-feira, 26 de agosto. A venda será feita pela BM&F – Bovespa. Isso é possível graças ao controle de emissão de gases geradores do efeito estufa nos aterros sanitários Bandeirantes e São João. Serão negociadas 713 mil RCEs, sendo que 258.657 créditos são do aterro de São Mateus.
 
Os créditos gerados no primeiro leilão possibilitaram que projetos de melhorias para a população fossem possíveis, isso é o que vai acontecer em São Mateus, com o leilão do dia 25 de setembro “O dinheiro gerado com esses créditos permitirá que a região se desenvolva ainda mais, pois ele será investido totalmente aqui”, comemora o subprefeito.
 
O aquecimento global é uma realidade inegável e é proveniente do desenvolvimento industrial desenfreado, seu principal gerador é o consumo de combustíveis fósseis.
 
Os gases eliminados neste processo (dióxido de carbono, metano e óxido de azoto) interferem na camada de ozônio e conseqüentemente a temperatura na Terra aumenta de maneira gradual e constante. Dentre os agentes poluidores, o dióxido de carbono é o principal deles, juntamente com metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).
 
 
Para minimizar os efeitos desse problema, após diversos eventos (a ECO 92, que aconteceu no Rio de Janeiro, por exemplo), em Kyoto (Japão) em 16 de março de 1998 foi assinado um acordo entre os países industrializados que previa a redução nos índices de emissão de poluentes.
 
Surgiu aí o Mercado de Carbono, um certificado que autoriza alguns países a poluírem, ou seja, os países que não atingirem suas metas de redução de emissões podem adquirir esses créditos de outros países por meio de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
 
O princípio é simples, as agências reguladoras emitem certificados que autorizam emissões de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. O Crédito de Carbono é uma espécie de moeda ambiental, que pode ser conseguida por diversos meios: Projetos que absorvam GEE (Gases de Efeito Estufa) da atmosfera ou através de reflorestamento.
 
O Brasil é proprietário das sete matrizes ambientais (água, energia, biodiversidade, madeira, minério, reciclagem e controle de emissão de poluentes - água, solo e ar), o que possibilita o desenvolvimento de diversos projetos, em alguns Estados a criação dessas reservas possibilita a isenção de alguns impostos e a utilização dessas áreas para fins de educação ambiental e ecoturismo.
 
A usina termelétrica do aterro São João, inaugurada em janeiro de 2007, ela transforma em energia elétrica grande parte do gás produzido pela decomposição natural de toneladas de resíduos sólidos depositados.
Se somar a operação do aterro Bandeirantes ao aterro São João é possível produzir energia limpa para abastecer quase 1 milhão de pessoas.
 
Com os dois aterros em funcionamento, a cidade de São Paulo deixará de lançar até 2012, 11 milhões de toneladas de gases nocivos à camada de ozônio - praticamente a poluição gerada por 2 milhões de carros movidos a derivado de petróleo.
 
Este projeto ajuda a ter uma cidade mais limpa, através da convergência de dois programas da Prefeitura, o de melhoria da qualidade do meio ambiente e o da geração de energia limpa e barata, isso proporciona diversos ganhos, como por exemplo: garantir o controle completo do metano que é gerado no lixo; esse lixo, por sua vez produz energia, provando, assim, que a cidade tem ganhos ambientais.