Plano de Segurança Viária- Vida Segura - passou por Audiência em São Mateus

A audiência pública sobre o Plano de Segurança Viária – Vida Segura, realizada no dia 28 de novembro, reuniu cerca de 30 pessoas no auditório da Subprefeitura São Mateus. Além de colher sugestões da população para o plano, foram apresentados os índices relativos aos acidentes de trânsito na região.

As ocorrências fatais entre os anos de 2015 e 2017 estão concentradas no entorno das Avenidas Ragueb Chohfi, Sapopemba e Mateo Bei. Neste período ocorreram 2.643 mortes em toda capital, sendo 90 delas na região de São Mateus. Os gastos com acidente chegam a 74% do orçamento disponível da Subprefeitura.

Os dados também mostram que 40% das ocorrências fatais em São Mateus são por atropelamento. Mas não apenas isso, o estudo também ressaltou que os acidentes que ocorrem na região são mais frequentes do que em toda capital, como acidentes por – choque – tem 21% dos casos, enquanto na capital é de 17%, e ainda, acidentes causados por motocicletas e ônibus são de 35% e 24% contra a capital que os números perpassam por 17% e 21%. Enquanto casos de vitimas fatais são de 41% de pedestres logo em seguida com motociclista com 32%.

O Vida Segura também fez o diagnóstico da media de idade das vitimas de São Mateus em contrapartida com os dados da cidade. Nos casos de vitimas motocicleta em SM 70% deles tinha até 28 e em SP 52% com a mesma idade; referente a vitimas condutores de automóveis, os números mostram 50% e 32% em idades entre 18 e 28 anos na região e na capital, respectivamente.

Ocorrência em Vias Prioritárias de 2015 a 2017

Os acidentes costumam ocorrer em horários de pico, mas também, pela madrugada, sendo o domingo o dia com mais acidentes registrados. As vias prioritárias – Ragueb Chohfi, Mateo Bei e Sapopemba – são o destaque da pesquisa sobre ocorrências em 2015 a 2017. Acompanhe abaixo os resultados do estudo.

Avenida Ragueb Chohfi – onze vítimas fatais: cinco colisões, quatro atropelamentos e dois choques.
• Quatro ocupantes de automóveis;
• Quatro motociclistas;
• Três pedestres – um atropelado por automóvel, um por motocicleta, um por ônibus.

Avenida Mateo Bei – oito vítimas fatais: cinco atropelamentos, duas colisões e um choque.
• Três ocupantes de automóveis;
• Cinco pedestres – dois atropelados por ônibus, dois por motocicleta e um SI.

Avenida Sapopemba – quatro vítimas fatais: duas colisões, um atropelamento e um choque.
• Duas motocicletas;
• Um ocupante de automóvel;
• Um pedestre atropelado por motocicleta.

Proposta de intervenção para 2028

A meta global da Prefeitura para os próximos 10 anos é reduzir o índice de mortes no trânsito para 3 a cada 100 mil habitantes e salvar 2.734 vidas - em 2017, o índice foi de 6,56 mortes a cada 100 mil habitantes. De 2015 a 2017, foram 2.472 ocorrências fatais no trânsito da cidade - a maioria por atropelamento.

O programa Vida Segura da Prefeitura é baseado no Visão Zero, que parte da premissa de que nenhuma morte é aceitável no trânsito. Criado na Suécia em 1997, esse conceito já é usado como referência para planos de segurança viária de longo prazo em cidades como Nova York, Cidade do México, Bogotá e, agora, São Paulo. A versão final do plano Vida Segura será concluída apenas após a consolidação das contribuições da população com as 32 audiências públicas em todas as subprefeituras.

A proposta do Plano de Segurança Viária prevê o conceito de proteção ao pedestre e ações de melhorias viárias, como sinalização e fiscalização. O objetivo é a redução de ocorrências fatais e com vítimas. O Vida Segura inclui ações já em desenvolvimento como os programas Pedestre Seguro, Marginal Segura, M’Boi Segura, Celso Garcia Segura, Ruas Completas, controle da velocidade dos ônibus em 50 km por hora, Sexta sem Carro e Áreas Calmas.

Clique aqui e conheça o levantamento realizado na região.