Até a primeira quinzena de setembro outras 22 câmeras entrarão em operação também na região central. Vale do Anhangabaú, avenida Ipiranga, Xavier de Toledo, Centro Histórico (Praça da Sé e Praça Patriarca) e a Nova Luz (Avenida Rio Branco) estão entre as regiões monitoradas.

Veículos parados e com ocupantes diante de um banco; fumaça em local impróprio; uma pessoa passando mal e precisando de ajuda; princípio de alagamento em regiões consideradas de risco; pessoas em atitude suspeita; carros estacionados em local proibido; comércio ilegal de equipamentos. Situações como essas poderiam passar despercebidas, mas a partir desta segunda-feira (31) terão uma observação atenta e providências imediatas tomadas a partir da Central de Monitoramento e Comunicações pelas equipes que operam as primeiras 13 câmeras instaladas na região central da cidade de São Paulo.

Com o funcionamento da Central começa oficialmente a comunicação via rádio entre a Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar, ampliando as possibilidades de prevenção e atendimento às questões de segurança. É o primeiro passo de um projeto maior para o trabalho integrado entre as duas forças de segurança, definido em decreto assinado em maio deste ano pelo prefeito Gilberto Kassab, com a destinação de uma suplementação orçamentária de R$ 7 milhões. A próxima etapa será a desapropriação e a reforma da nova sede da corporação, em um prédio de seis andares localizado na Rua Agenor Couto de Magalhães, 444, Centro. Lá funcionarão o Centro de Monitoramento e o Centro de Comunicação, com ampliação de equipamentos e um link de transmissão direta com a Polícia Militar.

O secretário da Coordenação das Subprefeitura e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, comemora o início das operações da Central como fator importante para a revitalização e qualidade de vida do centro da cidade. Como adiantou o coronel Alberto Silveira Rodrigues, coordenador da Guarda Municipal, o monitoramento por câmeras será amplo e poderá detectar e prevenir problemas de todos os tipos. “Faremos um monitoramento das ações envolvendo também posturas administrativas e preventivas como no caso de princípio de incêndio, por exemplo”.

O sistema implantado em São Paulo será referência para todo o Brasil, mesmo para as cidades que já contam com câmeras. Os equipamentos da Guarda Civil Metropolitana têm alta resolução das imagens, capacidade ampliada de zoom e manuseio simplificado.

O convênio para implantação das câmeras eletrônicas foi assinado em fevereiro deste ano pela Prefeitura e a Telefônica. A colocação tem sido gradual devido às necessidades técnicas que antecedem à colocação das câmeras que vão da instalação dos cabos de fibra ótica, disponibilização de energia, instalação de postes e preparação dos pontos. Pesquisas diárias sobre o monitoramento poderão, dentro de alguns meses, fornecer uma avaliação sobre a eficiência e resultados da operação.

Combate à pirataria
Inicialmente os equipamentos para captação das imagens serão instalados nos seguintes pontos: 5 câmeras no Vale do Anhangabaú; 3 câmeras no Centro Novo, no prolongamento da Avenida Ipiranga; 2 câmeras na Rua Xavier Toledo; duas câmeras no Centro Histórico (Praça da Sé e Praça Patriarca) e uma na Nova Luz (Avenida Rio Branco). A seleção dos locais obedeceu critérios de grande movimentação das pessoas, número de ocorrências e pontos históricos e turísticos, ampliando a atuação da CGM e Polícia Militar.

"Nesses locais, a sofisticada tecnologia das câmeras alia-se ao esforço de revitalização que estamos fazendo. Elas vão dar mais segurança às milhares de pessoas que circulam, trabalham ou moram no centro, inibir depredações e a ação de pichadores, além de auxiliar no combate à pirataria e ao comércio irregular", acrescenta Andrea Matarazzo, secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé

Já estão definidas as próximas regiões que serão beneficiadas pelo sistema: Avenida Paulista (8 câmeras) e Parque Trianon (8 câmeras no projeto piloto que será posteriormente ampliado para todos os parques); Glicério, Santa Efigênia, Praça Júlio Mesquita, José Paulino, Penha, São Mateus, Mooca, Santana, Tucuruvi, Cidade Ademar, Lapa e Perus.

As câmeras de recepção das imagens foram instaladas na sede da Guarda Civil Metropolitana, à Rua Treze de Maio, 1563, Bela Vista, em espaço especialmente preparado com rede individual, sistema de cabeamento de fibra ótica, salas protegidas por filmagem dos vidros e aparelhos de ar-condicionado. Dali, 31 funcionários treinados farão o trabalho de monitoramento 24 horas por dia, seleção de imagens e acionarão, quando necessário, as equipes da GCM, Polícia Militar ou secretaria de promoção social, de acordo com a necessidade de cada caso.

Sobre a GCM
Criada em setembro de 1986, pela Lei Municipal 10.115, a Guarda Civil Metropolitana é vinculada à Secretaria do Governo Municipal. É uma corporação armada e uniformizada que tem como competência legal a proteção dos bens públicos municipais (ruas, parques, prédios públicos e monumentos) e a colaboração com a segurança pública. Atualmente opera com cerca de 5.900 homens atuando em toda a Capital.