A comunidade do Jardim Sinhá foi convidada a participar da reunião ocorrida na manhã desta quinta-feira (03/11) na Associação dos Amigos do Jd. Tulipas. Na ocasião o grupo de trabalho do Programa e Combate a Incêndio em Assentamentos Precários - PREVIN apresentou o programa, junto aos representantes da Eletropaulo, Sabesp, Defesa Civil, Secretaria de Habitação e do Município, Educação, Assistência Social e Guarda Civil Metropolitana (GCM).
O projeto foi iniciado e todos os moradores receberam informativos com orientação de cuidados simples que previnem acidentes graves, principalmente em áreas de risco que são mais suscetíveis a incêndios provocados por fiação elétrica, bujões de gás com instalação irregular, entre outros fatores.
Gentil Malone Ortega, coordenador do PREVIN, conversou com os residentes em situação de risco explicando a importância do projeto e esclarecendo dúvidas a respeito do funcionamento do programa. “Fizemos um mapeamento de todo o território do Sinhá desde o início do ano, o programa está adiantado nas outras comunidades, agora vamos começar no Jd. Tulipas”, diz Malone.
Foi explicado também que será necessária uma parceria entre o projeto e os moradores, num processo de conscientização para, caso ocorra algum incêndio, todos estejam preparados para o combate, principalmente na questão de acomodações de feridos e se for o caso, a melhor maneira de recuperar áreas atingidas.
Alguns moradores se candidataram a ser zelador comunitário treinado dentro da comunidade, mas todos foram orientados que qualquer pessoa que desejar fazer o treinamento pode procurar a Subprefeitura de Vila Prudente / Sapopemba deixando o nome completo, endereço e número do documento de identidade.
Depois da explanação, todos seguiram em caminhada pelas vias do assentamento em vistoria técnica e o Corpo de Bombeiros apontou os locais que deverão conter hidrantes e extintores. Já os técnicos da Eletropaulo apontaram fiação elétrica inadequada em diversos pontos que deverão receber uma atenção maior, com a finalidade de prevenir e regularizar a situação. Os moradores acompanharam toda a ação e mostraram alguns casos aonde gostariam de mudanças pelo Previn.
Em abril deste ano, as comunidades da Favela de Vila Prudente, a mais antiga de São Paulo, e da Ilha das Cobras já receberam a implantação, por etapas, do Previn, programa que foi muito bem aceito aqui na região e cujo cronograma está bem adiantado, e que será implantando também em outros assentamentos da região ao longo do próximo ano, entre eles Tanque / Itápolis.
Sobre o Previn
Criada pelo prefeito Gilberto Kassab em 24 de setembro de 2010, a Câmara Executiva de Prevenção e Combate a Incêndios no Município de São Paulo, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, gerou a relatório de implantação do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios em Assentamentos Precários (Previn), em 50 locais.
As ações do programa são divididas em quatro fases: a prevenção, onde são estipuladas medidas a fim de evitar incêndios; a regularização da rede elétrica; o planejamento das ações de combate, caso o fogo atinja as comunidades; e a adoção de medidas para minimizar os danos, como a limpeza do local, alojamento de vítimas, entre outros serviços necessários e os trabalhos para recuperar áreas atingidas.
Entre as medidas para redução da vulnerabilidade aos incêndios estão previstas ações de inserção comunitária, como a criação de zeladores comunitários, brigadas de incêndio e cadastramento social dos moradores destas comunidades. Além disso, o programa prevê ação conjunta institucional de todos os órgãos que de alguma forma estão envolvidos com o problema.
Além da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, que participa através das subprefeituras, a iniciativa envolve outras pastas, como: Habitação; Assistência e Desenvolvimento Social; Educação; Segurança Urbana; Controle Urbano; Desenvolvimento Econômico e do Trabalho; Infra-Estrutura Urbana; e SPTuris. E tem, ainda, a colaboração do Corpo de Bombeiros, Sabesp e Eletropaulo, e Guarda Civil Metropolitana (GCM), bem como a participação efetiva da população local.