Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 3 de Abril de 2012 | Horário: 13:16
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Projeto Bandas e Fanfarras estimula a responsabilidade em estudantes

Os alunos da Rede Municipal de Ensino participantes do Projeto de Bandas e Fanfarras, que envolve mais de 17,5 mil estudantes em toda a cidade, desenvolvem habilidades como trabalho em equipe, raciocínio lógico, coordenação motora e criatividade. A iniciativa convida crianças e jovens de 175 escolas a produzir, no contraturno escolar, apresentações com músicas e coreografias, enriquecendo a vivência educacional.

Trabalho em equipe, raciocínio lógico, coordenação motora e criatividade. Estas são algumas das habilidades desenvolvidas pelos alunos da Rede Municipal de Ensino no Projeto de Bandas e Fanfarras, que envolve mais de 17,5 mil estudantes em toda cidade. As atividades convidam crianças e jovens de 175 escolas a produzir, no contraturno escolar, apresentações com músicas e coreografias, enriquecendo sua vivência educacional.

 

Maria Aparecida Ferreira da Cunha Gonçalves, 47 anos, é um dos cerca de 80 professores  envolvidos no projeto. A partir da sua experiência de 17 anos de trabalho com bandas e fanfarras ela descreve a mudança de comportamento dos alunos: “Eles ficam mais responsáveis, mais leais e têm mais compromisso com a escola”.

 

Desde 1969, a rede municipal estimula o ensino musical por meio da formação de bandas e fanfarras. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) João XXIII, onde Maria Aparecida trabalha, o projeto começou a ser desenvolvido em 2005. Atualmente, a banda da unidade está na categoria Drum Corps, uma das mais exigentes. É composta por 60 alunos, sendo 45 músicos e 15 na color guard (parte coreográfica).

 

Neste ano, a procura dos estudantes foi tão grande que se iniciou a formação de um segundo grupo, na categoria Banda Marcial. Para desenvolver as atividades, a EMEF tem disponíveis uniformes, bandeiras, air blades (utilizado para malabarismos na coreografia) e os instrumentos: barítonos, tubas, trompete, melofone, caixa, quadritom e surdos.

 

As performances sempre animam diversos eventos na EMEF. Foi em uma destas apresentações que a estudante Beatriz Ferreira Alves, 14 anos, se apaixonou pela fanfarra. A  empolgação foi tanta que logo começou a participar dos ensaios. Ao inscrever-se, cada estudante escolhe sua função e inicia o aprendizado. Hoje, no 8º ano do Ensino Fundamental, Beatriz é monitora da parte coreográfica das duas bandas da escola.

 

A Drum Corps da EMEF é formada por integrantes de 9 a 21 anos. Os alunos mais experientes transformam-se em monitores e ajudam os mais novos a desenvolverem suas habilidades. Até mesmo ex-alunos contribuem com a banda. “Eu procuro na internet vídeos com novas idéias e passos, de bandas de outros países”, revela Caio Vinícius dos Santos Silva, 16 anos. O jovem atualmente está no segundo ano do Ensino Médio, faz curso técnico, mas não consegue abandonar o grupo, em que é trompetista. “Faz sete anos que estou aqui, a banda para mim é como se fosse uma família”, explica.

 

O ex-aluno Rodrigo Veiga, 21 anos, é o regente. Todas as terças e quintas-feiras, vai direto do emprego de ajudante de pintura industrial para o ensaio. “O menino pega o instrumento e não sabe nada. Dois ou três meses depois sabe tocar. E depois tem a apresentação do trabalho pronto na competição”, descreve Rodrigo.

 

Neste ano, o espetáculo da banda está sendo criado com base no filme Avatar. A professora Maria Aparecida explica que, pedagogicamente, a relação com as outras disciplinas é estimulada. “Para ler uma partitura é necessário usar matemática, para produzir o show usam a coordenação motora, a expressão corporal, a história e as artes”, afirma.

 

A preparação para os festivais envolve a escola toda. Familiares, amigos e professores organizam a torcida pelo grupo, que desfila com as cores verde, preto e branco. “Quando piso na quadra marchando, sinto até um arrepio. Quando o show começa, fica tudo em câmera lenta. A energia do público aplaudindo é a recompensa pelo nosso esforço”, conta Beatriz.

 

As Diretorias Regionais de Educação (DRE), em parceria com as subprefeituras, organizam disputas em que participam escolas das redes municipal, estadual e particular de diferentes regiões do Estado de São Paulo. Nos concursos, são avaliados quesitos como afinação, ritmo, técnica instrumental, escolha do repertório, além da marcha e da elegância com que o grupo se apresenta. No ano passado, o 10º Festival de Bandas e Fanfarras da Cidade de São Paulo contou com a participação de 230 corporações musicais, reunindo mais de 15 mil estudantes paulistanos.

 

 

 

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