Secretaria Especial de Comunicação

Domingo, 11 de Setembro de 2011 | Horário: 13:08
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Corpos artísticos do Theatro Municipal de São Paulo protagonizam centenário

Ao longo do mês de setembro, os corpos artísticos do Theatro Municipal - Orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Coral Lírico e o Quarteto de Cordas - protagonizam uma série de apresentações em comemoração ao centenário do Theatro. Confira a programação.
As Orquestras Sinfônica Municipal (OSM) e Experimental de Repertório (OER), o Balé da Cidade, o Coral Lírico e o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo compõem a programação especial de centenário do Theatro Municipal de São Paulo, dedicada a celebrar o centenário da principal casa lírica da cidade

Ao longo do mês, os corpos artísticos da casa protagonizam a série de apresentações que começa dia 12 de setembro, data oficial da reabertura do Theatro em 1911. A OSM e o Coral Lírico abrem as festividades, às 21h, com a montagem inédita da ópera Rigoletto, de Giuseppe Verdi. O maestro Abel Rocha assina a direção musical e a regência do espetáculo, que conta com direção cênica de Felipe Hirsch e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.

Rigoletto estreou em março de 1851 no Gran Teatro La Fenice, em Veneza, Itália. Baseada na peça Le Roi s’Amuse, de Victor Hugo, a obra-prima de Verdi narra a história do corcunda Rigoletto, que esconde sua filha Gilda para que ela não se envolva com o conquistador Duque de Mântua. Entre os pontos mais conhecidos da composição, estão as árias La Donna È Mobile e Caro Nome.

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo recebe como solista a pianista Cristina Ortiz, dia 13, às 21h, e a OER apresenta, dia 18, às 11h, um concerto com a participação da soprano Rosana Lamosa e do tenor Fernando Portari, que interpretam árias de óperas, como o dueto final do primeiro ato de La Bohème, de Giacomo Puccini.

No dia 25, às 11h, Abel Rocha, diretor artístico do Theatro Municipal e regente da OSM, conduz o conjunto na execução de peças de João Guilherme Ripper, Camille Saint-Saëns, Frederico Richter e Maurice Ravel. A apresentação conta com a participação dos solistas Gilberto Tinetti e Fernando Lopes nos pianos.

O encerramento das comemorações fica por conta da coreografia Paraíso Perdido, do Balé da Cidade de São Paulo. Criado pelo coreógrafo grego Andonis Foniadakis, o espetáculo tem figurinos assinados pelo estilista João Pimenta e será encenado entre os dias 27 e 30.

História

O Theatro Municipal de São Paulo nasceu embalando os sonhos de uma cidade que crescia com a indústria e o café e que nada queria dever aos grandes centros culturais do mundo no início do Século XX. Como em 1898 a cidade perdera para um incêndio o Teatro São José, palco das suas principais manifestações artísticas, tornava-se imperativo construir um espaço à altura das grandes companhias estrangeiras.

O arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto ante de uma multidão de 20 mil pessoas, que se acotovelava às suas portas. São Paulo se integrava, então, ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.

Pelo palco do Theatro Municipal passaram nomes como Maria Callas, Enrico Caruso, Arturo Toscanini, Claudio Arau, Arthur Rubinstein, Ana Pawlova, Nijinsky, Isadora Duncan, Nureyev, Margot Fonteyn, Baryshnikov, Duke Ellington, Ella Fitzgerald.

Tantos nomes, tantos espetáculos e ainda o cenário do movimento que promoveu uma grande transformação cultural no Brasil: a Semana de Arte Moderna de 22.

A construção do Theatro Municipal foi considerada arrojada para a época: recebeu influência da Ópera de Paris e sua arquitetura exterior tem traços renascentistas barrocos do século XVII. Em seu interior, muitas obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, paredes decoradas, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores garantem um banquete para os olhos do espectador mais atento.

Duas grandes obras marcaram as mudanças e renovações no Theatro: a primeira, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos.

Para celebrar o Centenário, em 12 de Setembro de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo sofreu a terceira obra, esta bem mais complexa que as demais, por restaurar todo o edifício e modernizar o palco.
Para tal, as fachadas e a ala nobre foram restauradas, 14.262 vidros que compõem os conjuntos de vitrais recuperados, as pinturas decorativas resgatadas com base em fotos antigas e o palco foi equipado com os mais modernos mecanismos cênicos.

O Theatro Municipal de São Paulo passou de departamento da Secretaria Municipal de Cultura à Fundação pública de Direito público em 27 de maio de 2011, o que confere maior agilidade e autonomia à gestão.

O corpo artístico do Theatro Municipal de São Paulo é composto pela Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e as Escolas de Dança e de Música de São Paulo.

Serviço

Programação especial de centenário do Theatro Municipal
Data: 12*, 14, 15 e 16/9 (21h); 17/9 (20h); 18/9 (17h)
Local: Theatro Municipal
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/n°
Bilheteria: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, ou até o início do espetáculo. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, ou até o início do espetáculo. Vendas pela internet no www.ingressorapido.com.br/prefeitura
Preços dos ingressos: R$ 70 R$ 40 e R$ 15.

* A apresentação do dia 12 é exclusiva para convidados



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