Secretaria Especial de Comunicação
Prefeitura humaniza o ensino para alunos de cursos profissionalizantes
Os professores do Planteq deixam de lado a rigidez da grade pedagógica e usam sua criatividade para transmitir o ensinamento aos participantes dos cursos de auxiliar de escritório, operador de telemarketing, atendente de lanchonete e vendedor.
Na próxima segunda-feira (30/8), às 10h30, no auditório da Unicsul, campus Anália Franco
(avenida Regente Feijó, 1.295), será
realizada a solenidade de formatura de
cerca de 1.600 estudantes nas funções
de operador de telemarketing, auxiliar
de escritório, atendente de lanchonete
e vendedor de comércio varejista. Será
dada largada também a etapa de encaminhamento
para o mercado do trabalho,
realizada pelas unidades do Centro
de Apoio ao Trabalho (CAT) e pelas
empresas, associações e sindicatos que
assinaram o compromisso para inserção
dos formandos.
Enquanto isso, há tempo ainda para quem deseja participar de um dos cursos do Planteq - edição 2010, oferecidos pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet), no Plano Territorial de Qualificação Profissional (Planteq), em parceria com o Governo Federal. Existem 2.857 vagas remanescentes para operador de telemarketing, atendente de lanchonete e vendedor de comércio varejista, com inscrições até dia 13 de setembro. Os interessados devem procurar a unidade do CAT mais próxima de sua residência, com RG, Carteira de Trabalho e CPF. Os postos atendem de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h.
Cursos com toque humano
Nos cursos oferecidos pela Prefeitura, os alunos recebem mais do que capacitação profissional. Os professores deixam de lado a rigidez da grade pedagógica e usam sua criatividade para transmitir o ensinamento aos participantes dos cursos.
O filme Ao Mestre com Carinho, que fez muito sucesso entre 1960 e 1970, conta a história de um professor de jovens rebeldes em uma escola pública da periferia de Londres. Usando de firmeza e convicção, o mestre ensinou e auxiliou seus alunos a tomar as rédeas de seu próprio destino. E a mesma história se repetiu na vida real, com duas turmas de alunos da professora do curso de vendedor de comércio varejista, Margareth Kajiyama.
Para ensinar as técnicas de vendas, a professora trabalha questões como custo, estoque, como proceder durante a abordagem dos clientes, utiliza noções de meio ambiente, reciclagem, cidadania e empreendedorismo. “Logo no primeiro dia de aula faço um trato com os alunos e explico que 50% é meu e vou fazer o máximo para atingir, mas os outros 50% são deles e eu vou exigir e auxiliar para que cada um alcance a sua porcentagem”, explica Margareth.
“Outro fator fundamental é o respeito mútuo, já que cada estudante traz a sua bagagem, uma vez que temos alunos na faixa dos 16 aos 60 anos, e, para que a troca seja positiva, eles necessitam aprender a trabalhar em equipe ainda aqui, na sala de aula”, diz.
Diogo Alves, 17, mora com o pai deficiente visual e tinha dificuldades para acompanhar a turma. “Quando iniciei as aulas, achava que era apenas mais um curso. Em razão de precisar cuidar do meu pai, porque não tenho mãe, sempre chegava atrasado e algumas vezes tive até que faltar. Mas a professora nunca desistiu da gente, mesmo sem saber do meu problema, ela continuava exigindo e estimulando, o que fez com que eu quisesse apreender tudo que podia e sair pronto para conquistar o emprego e poder cuidar do meu pai”, afirma o jovem.
O menor T.G.S, de 16 anos, conta que a convivência nos cursos do Planteq mudou a sua vida. “Me inscrevi na intenção de ‘zoar’, mas graças ao auxílio da professora e da turma senti vontade de mudar minha vida. No último Dia dos Pais, falei para a minha ‘feliz dia dos pais’ (pois o meu pai nos deixou) e disse a ela da minha decisão de fazer tudo diferente de agora em diante”, explica.
Juan Carlos Flores, 37, é boliviano e está no Brasil desde 1997. Sempre trabalhou com confecção e resolveu fazer o curso para aprender técnicas de vendas, além de melhorar a pronúncia do português. “Aprendi mais do que queria: percebi que o mais importante é você se abrir e procurar conhecer tudo de bom que as pessoas têm para oferecer. Perdi o preconceito que tinha como migrante e o medo de me relacionar com as pessoas”, comenta.
Empreendedores
Entre os formandos das turmas dos períodos da manhã e da tarde também estão empreendedores como Newtong Guarino Filho, 54 anos; Adriana da Silva Correa, 24 anos; Maurício Shih Iti Mori, 46 anos; e Jorge Aparecido Graciano Paiva, 45 anos.
O cunhado de Newtong o ensinou a confeccionar canecas com latinhas de cerveja e refrigerante. “Durante o curso, nas aulas de empreendedorismo, montamos um plano de negócio. Em menos de 15 dias já tínhamos feito 80 canecas e estamos vendendo e faturando”, conta Newtong. “Como meu negócio é vender, me coloquei à diposição para revender as canecas. Já recebi até encomendas com times de futebol”, diz Adriana.
Enquanto isso, há tempo ainda para quem deseja participar de um dos cursos do Planteq - edição 2010, oferecidos pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet), no Plano Territorial de Qualificação Profissional (Planteq), em parceria com o Governo Federal. Existem 2.857 vagas remanescentes para operador de telemarketing, atendente de lanchonete e vendedor de comércio varejista, com inscrições até dia 13 de setembro. Os interessados devem procurar a unidade do CAT mais próxima de sua residência, com RG, Carteira de Trabalho e CPF. Os postos atendem de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h.
Cursos com toque humano
Nos cursos oferecidos pela Prefeitura, os alunos recebem mais do que capacitação profissional. Os professores deixam de lado a rigidez da grade pedagógica e usam sua criatividade para transmitir o ensinamento aos participantes dos cursos.
O filme Ao Mestre com Carinho, que fez muito sucesso entre 1960 e 1970, conta a história de um professor de jovens rebeldes em uma escola pública da periferia de Londres. Usando de firmeza e convicção, o mestre ensinou e auxiliou seus alunos a tomar as rédeas de seu próprio destino. E a mesma história se repetiu na vida real, com duas turmas de alunos da professora do curso de vendedor de comércio varejista, Margareth Kajiyama.
Para ensinar as técnicas de vendas, a professora trabalha questões como custo, estoque, como proceder durante a abordagem dos clientes, utiliza noções de meio ambiente, reciclagem, cidadania e empreendedorismo. “Logo no primeiro dia de aula faço um trato com os alunos e explico que 50% é meu e vou fazer o máximo para atingir, mas os outros 50% são deles e eu vou exigir e auxiliar para que cada um alcance a sua porcentagem”, explica Margareth.
“Outro fator fundamental é o respeito mútuo, já que cada estudante traz a sua bagagem, uma vez que temos alunos na faixa dos 16 aos 60 anos, e, para que a troca seja positiva, eles necessitam aprender a trabalhar em equipe ainda aqui, na sala de aula”, diz.
Diogo Alves, 17, mora com o pai deficiente visual e tinha dificuldades para acompanhar a turma. “Quando iniciei as aulas, achava que era apenas mais um curso. Em razão de precisar cuidar do meu pai, porque não tenho mãe, sempre chegava atrasado e algumas vezes tive até que faltar. Mas a professora nunca desistiu da gente, mesmo sem saber do meu problema, ela continuava exigindo e estimulando, o que fez com que eu quisesse apreender tudo que podia e sair pronto para conquistar o emprego e poder cuidar do meu pai”, afirma o jovem.
O menor T.G.S, de 16 anos, conta que a convivência nos cursos do Planteq mudou a sua vida. “Me inscrevi na intenção de ‘zoar’, mas graças ao auxílio da professora e da turma senti vontade de mudar minha vida. No último Dia dos Pais, falei para a minha ‘feliz dia dos pais’ (pois o meu pai nos deixou) e disse a ela da minha decisão de fazer tudo diferente de agora em diante”, explica.
Juan Carlos Flores, 37, é boliviano e está no Brasil desde 1997. Sempre trabalhou com confecção e resolveu fazer o curso para aprender técnicas de vendas, além de melhorar a pronúncia do português. “Aprendi mais do que queria: percebi que o mais importante é você se abrir e procurar conhecer tudo de bom que as pessoas têm para oferecer. Perdi o preconceito que tinha como migrante e o medo de me relacionar com as pessoas”, comenta.
Empreendedores
Entre os formandos das turmas dos períodos da manhã e da tarde também estão empreendedores como Newtong Guarino Filho, 54 anos; Adriana da Silva Correa, 24 anos; Maurício Shih Iti Mori, 46 anos; e Jorge Aparecido Graciano Paiva, 45 anos.
O cunhado de Newtong o ensinou a confeccionar canecas com latinhas de cerveja e refrigerante. “Durante o curso, nas aulas de empreendedorismo, montamos um plano de negócio. Em menos de 15 dias já tínhamos feito 80 canecas e estamos vendendo e faturando”, conta Newtong. “Como meu negócio é vender, me coloquei à diposição para revender as canecas. Já recebi até encomendas com times de futebol”, diz Adriana.
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