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Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010 | Horário: 18:04
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Primavera começa nesta quinta-feira às 00h09min

De acordo com a equipe de meteorologia do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, as chuvas na Primavera devem demorar um pouco mais para se estabelecerem. No entanto, as chuvas dos últimos dias são características desta estação do ano.
O inverno foi caracterizado pelo tempo seco e quente em São Paulo. Foram observados longos períodos sem chuvas, com predomínio de sol, baixos índices de umidade relativa do ar e temperaturas elevadas para a época do ano. Deste modo, a temperatura máxima da estação foi 31,7ºC, registrada no dia 25 de agosto, e a menor umidade relativa do ar ocorreu no dia 27 de agosto, com 12%.

Com isso, este inverno foi bem mais seco que o normal, e apenas o mês de julho apresentou chuvas acima da média. Durante todo o inverno tivemos apenas duas frentes frias mais intensas que conseguiram causar chuvas capazes de amenizar um pouco a estiagem que predominou no restante da estação.

Apesar disso, as chuvas com trovoadas registradas nos últimos dias já são mais características da primavera, que se inicia às 00h09min desta quinta-feira (23). De acordo com a equipe de meteorologia do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, as chuvas da nova estação devem demorar um pouco mais para se estabelecerem. “Os modelos de previsão indicam uma estação um pouco mais seca que o normal, principalmente neste período de transição”, afirma o meteorologista Michael Pantera. De acordo com ele, esta condição deve ser observada com maior intensidade no interior do Estado, já que a faixa litorânea recebe grande influência da umidade do oceano.

Conforme as previsões climáticas, que apontam a atuação do fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais do Pacífico Equatorial, a primavera não deve apresentar grandes desvios em relação à média. “Mas isso não quer dizer que a chuva será bem distribuída. Além da expectativa de atraso para o início da estação chuvosa, também devemos observar irregularidade, com meses chuvosos alternados com meses mais secos”, explica Pantera. “Não há previsão de temperaturas abaixo do esperado, porém também não registraremos calor duradouro e intenso, o que caracteriza uma situação muito diferente do ano passado, quando tivemos chuvas muito acima do normal e grandes ondas de calor”, completa.

Próximos meses

Segundo as previsões do CGE, outubro deve apresentar chuvas abaixo da média, principalmente no interior do Estado. No entanto, não haverá ausência total de precipitação. Os sistemas frontais passam pelo oceano e causam chuvas isoladas. As chuvas mais generalizadas devem retornar a partir do dia 20 de outubro.

Em novembro, ainda há expectativa de chuvas um pouco abaixo do normal, apesar de ser um mês tipicamente mais chuvoso. Desta forma, as precipitações começam a se apresentar de forma mais frequente, minimizando os efeitos da estiagem.

Já no mês de dezembro, o padrão de chuvas muda bastante, e a previsão é de precipitação acima da média na maior parte do Estado de São Paulo, incluindo a Capital.

Com relação à temperatura, mesmo com a falta de chuvas em alguns momentos, as frentes frias e as massas de ar polar continuarão passando pelo litoral paulista com frequência. Isto desfavorece a formação de ondas de calor duradouras na Grande São Paulo. Apenas no interior do Estado há previsão de calor mais intenso e persistente durante a primavera.

No verão, devem ser observadas chuvas dentro da média em praticamente todo o Estado. Neste período, não há previsão de desvios na temperatura, o que indica que as grandes ondas de calor registradas no verão passado não serão vistas em 2011.


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