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Com uma indústria cinematográfica de mais de 100 anos, a Polônia já revelou grandes cineastas, como Agnieszka Holland (Filhos de Guerra) e Krzysztof Kieślowski (Trilogia da Cores). Para enfocar os trabalhos de dez desses diretores, algumas dessas produções ainda inéditas no circuito comercial brasileiro, o Centro Cultural São Paulo apresenta, até 19 de dezembro, a mostra O Novíssimo Cinema Polonês.

Após passar por momentos difíceis em sua história, como as ocupações durante as duas Guerras Mundiais, a Polônia teve esses acontecimentos refletidos em sua cinematografia durante décadas. Em 1970, porém, surge o movimento conhecido como Cinema de Inquietude Moral, uma corrente realista que retrata o povo e seus costumes, discutindo questões cotidianas, dramas afetivos e sociais. Dessa fase serão exibidos filmes do consagrado Kieślowski, entre eles, Acaso (1987). Censurada pelo governo comunista por mais de meia década, a produção foi exibida com grande sucesso no Festival de Cannes no ano em que foi realizada e, apresentando narrativas paralelas e elípticas, influenciou cineastas de várias partes do mundo.

Abre a mostra o longa Festa de Casamento (2004), de Wojciech Smarzowski. Inédita no Brasil, a comédia de humor negro foi premiada no Festival de Cinema Polonês.

Entre os títulos selecionados, dois deles foram lançados internacionalmente no ano passado: Garotas de Shopping, de Katarzyna Roslaniec, representante da geração de novos diretores poloneses; e General Nil, de Ryszard Bugajski. No Brasil, ambos os filmes são inéditos, assim como a produção para televisão, Uma Mulher Solteira (1981), um dos últimos trabalhos da veterana Agniezka Holland realizados na Polônia antes
de seu exílio na França.

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