Secretaria Especial de Comunicação

Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008 | Horário: 08:00
Compartilhe:

Prefeitura fez 231 lacrações de bingos em 2007

As casas de jogos de azar começaram a ser fechadas após a publicação, em junho de 2006, do decreto 47.415, quando a atividade deixou de ser prevista na cidade, e a prefeitura deixou de conceder alvarás de funcionamento aos bingos.
O governo municipal tem se empenhado em cumprir a lei na Cidade, combatendo estabelecimentos sem alvará, comércio de produtos piratas ou ilegais, o jogo de azar, a adulteração de gasolina, o roubo de fios e cabos, obras clandestinas, entre outras irregularidades.

Ano passado não foi diferente: as equipes das Subprefeituras e diversas Secretarias foram às ruas nesse combate às irregularidades, como pode ser conferido neste balanço da fiscalização ocorrida em 2007.

A ação de maior visibilidade da fiscalização municipal dessa gestão foi a eliminação da maioria dos bingos e vídeo-bingos de São Paulo.

As casas de jogos de azar começaram a ser fechadas após a publicação, em junho de 2006, do decreto 47.415, de autoria do prefeito. A atividade “bingo” deixou de ser prevista na Cidade, e a Prefeitura deixou de conceder alvarás de funcionamento aos bingos. “Vamos agir de acordo com o decreto. A casa que não tiver liminar específica será fechada”, disse o secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé.

Conforme as liminares caíam, as subprefeituras fechavam as casas ilegais. A Subprefeitura Vila Mariana lacrou dez bingos somente em um dia, após oito destes perderem as liminares que permitiam seu funcionamento.

No ano passado, já foram 231 ações de fechamento contra bingos. O número é maior que a quantidade de bingos lacrados na Cidade, aproximadamente 180, porque muitos proprietários romperam diversas vezes os lacres impostos pela Prefeitura, seja por meio de liminares, seja ilegalmente.

Um dos campeões de desobediência à lei é o bingo Leão de Ouro, que ficava na Subprefeitura Itaquera. O bingo foi interditado cinco vezes e multado em aproximadamente R$ 150 mil.

Assim como o Leão de Ouro, outros bingos já despeitaram sucessivas vezes a interdição da Prefeitura, sendo sempre lacrados e multados em seguida. Outros campeões de desobediência são o Imperatriz, na Vila Mariana, lacrado quatro vezes; e o Royale Itaim, cinco vezes lacrado pela Subprefeitura Pinheiros. O Bingo Perus já foi lacrado duas vezes.

O rompimento dos lacres foi a mais comum, mas não a única tática empregada pelas casas de jogos de azar para escapar da fiscalização municipal. Em setembro, a Subprefeitura Sé lacrou um bingo que mudou de endereço, após ter sido lacrado na Lapa.

Esse bingo foi descoberto na avenida Angélica, 546, escondido em uma loja de sapatos dotada de grades de ferro e vidros enegrecidos. De outro lado de uma porta escondida, encontrava-se uma sala de 200 m2, sem janelas, com máquinas caça-níqueis - modelos de cassino, maiores do que as encontradas em padarias e bares. No local, o logo do Bingo Cerro Corá. O bingo ficava na Subprefeitura Lapa e fora lacrado dia 20 de abril.

Houve diversas tentativas de suborno. Também na Sé, equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil receberam proposta de R4 4 mil de propina de Antônio Carlos da Silva Lima, homem que se apresentara como advogado do estabelecimento. Ele, como os demais, foi preso em flagrante por corrupção ativa.

Também foram efetuadas diversas operações contra casas menores de jogos, que costumavam conter apenas algumas máquinas caça-níqueis. Numa operação em Perus, três dessas casas foram interditadas no calçadão Antonio Bartolomeu, próximo à estação de trem da CPTM. Apenas na Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba foram fechadas seis casas de vídeo-bingo. No total, 120 máquinas foram desligadas.

A fiscalização da Subprefeitura Ipiranga, em operações diversas neste ano, ajudou a Polícia Civil a remover 100 caça-níqueis em sua região. Em uma operação, interditou um vídeo-bingo clandestino no Mercado Vergueiro, tradicional espaço de venda de alimentos da região do Alto do Ipiranga, onde funcionavam clandestinamente 11 máquinas.

Na mesma operação, uma demonstração de eficiência: em outros nove estabelecimentos comerciais nas ruas Silva Bueno e dos Sorocabanos, não havia nenhuma máquina em funcionamento, somente máquinas lacradas anteriormente pela Polícia e nichos vazios de máquinas já retiradas.


collections
Galeria de imagens