Secretaria Especial de Comunicação
Parada Gay deixa na cidade cerca de R$ 189 milhões
Na tarde do próximo domingo (25/5), quando terminar a XII Parada do Orgulho GLBT, a cidade de São Paulo estará cerca de R$ 189 milhões mais rica. Este é o investimento médio que os cerca de 3,5 milhões de pessoas esperadas no evento, devem deixar na cidade.
É o que revela pesquisa da SP Turis, com dados consolidados da Parada nos últimos três anos. No ano passado, cerca de 3,5 milhões de pessoas participaram do evento. Mesmo número que é esperado para este ano.
Em 2007, pesquisa feita pela empresa de turismo da Prefeitura, apontou que mais de 1/3 do público, ou seja, cerca de 1,3 milhão dos participantes vieram de fora da cidade, o que faz da Parada do Orgulho GLBT o maior evento turístico de São Paulo.
Para os hotéis do centro expandido, o evento é uma injeção de ânimo. Em 2007, a taxa de ocupação dos hotéis ficou em torno de 85%. Considerando que neste ano a parada está sendo realizada no mês de Maio, próxima a um feriado prolongado, os hotéis tem algo mais a comemorar.
“O turismo em São Paulo é de negócios. Neste mês tivemos dois feriados prolongados. Sem a parada manteríamos a estrutura para trabalhar apenas 15 dias”, conta Riane Vasconcelos, gerente geral da Rede Travel Inn Hotéis.
A rede é parceria do evento e deve atrair parte dos turistas que chegam à capital, com olho no futuro. “É um público que gasta muito, que gosta de viajar, gosta da noite e gera movimento no Bar e no Restaurante”, afirma a gerente que já recrutou funcionários extras para trabalhar no hotel nos dias que antecedem a Parada.
No ano passado, a média de hospedagem em hotel foi de 4 dias. Em média, os hóspedes gastaram R$ 343,00 em hospedagem, R$133,00 em alimentação, R$ 187,00 em Lazer, R$ 74,00 em transporte na cidade e outros R$ 393,00 em compras. Ao todo, os hóspedes gastaram R$ 1.131,12.
A SP Turis revela que o gasto médio dos turistas em outros grandes eventos como Carnaval ou Salão do Automóvel é cerca de 6% abaixo dos gastos do visitante presente na Parada.
Outro setor que comemora são os das lojas de Griffe. Na Daslu, por exemplo, um dos endereços mais exclusivos de São Paulo, as vendas em função do evento, recaem sobre as marcas mais famosas. Chanel, Victor Hugo e Armani são as mais procuradas. Alexandre Muniz Oliveira, gerente da Doc Dog espera um grande movimento na sua loja.
“O movimento aumenta já na semana que antecede o evento”, conta. A procura é por roupas básicas, para o dia-a-dia, mas com o preço da loja. “Temos roupa para um público independente. Algumas compras individuais chegam a ficar em torno de R$ 5 mil. O mesmo se repete em outras lojas dos Jardins”, diz.
A Parada também se firma como um produto turístico importante para as operadoras de turismo. Comparada com anos anteriores, a Parada em 2007 teve um crescimento de 10% para as agências de viagens, o que deve se repetir neste ano.
“É o ápice do ano, o nosso carro-chefe”, comemora Guga Rahner, gerente de marketing e desenvolvimento da G Travel On line. A agência especializada em pacotes e viagens teve um incremento nas vendas dos pacotes para este ano. “Ainda estamos vendando, mas já dá para sentir que houve um aumento”, conclui. Dentre os turistas que participam da Parada, cerca de 30 mil pessoas vêm do exterior.
Por um estado Laico de Fato
Para além da festa, do brilho dos paetês e do investimento na cidade, a Parada também é um manifesto político. Com o tema "Homofobia Mata! Por um Estado laico de fato", a Parada pretende colocar na pauta de discussões a Lei que está no Congresso e que criminaliza as agressões aos homosexuais.
“O tema vem sendo recorrente nas Paradas, uma vez que a questão não está resolvida”, afiram Manuel Antônio Ballester Zanini, coordenador Geral da Parada do Orgulho GLBT.
A Associação da Parada do Orgulho Gay, criada em 1999, é uma sociedade civil criada em defesa da diversidade sexual.
Apenas em 2005 é que foi criada a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual, órgão ligado à Secretaria de Participação e Parceria e que hoje atua junto com a Associação na Organização da Parada. “A CADs é nosso parceiro-irmão”, explica Zanini.
A Prefeitura por meio da Coordenadoria vai colocar na Parada cerca de R$ 450 mil. De acordo com Zanini é a maior contribuição na organização do evento. O Ministério do Turismo colocará R$ 300 mil, a Petrobrás R$ 200 mil e a Caixa Econômica Federal R$ 120 mil.
Para Cássio Rodrigo, Coordenador Geral da Diversidade Sexual a Parada representa uma grande manifestação política e de visibilidade para o movimento GLBTTT paulistano. “Se nos outros 364 dias a população GLBT puder expressar seu orgulho na via pública, então São Paulo demonstrará o real e efetivo respeito à Diversidade Sexual”, conclui Cássio.
Investimento
A Secretaria de Participação e Parceria irá montar na Avenida Paulista 3 mini- hospitais, com 80 leitos e toda infra estrutura necessária para atender desde casos de enfarto à excesso de bebida. Serão colocados 800 banheiros químicos na Paulista e na Consolação. A segurança será reforçada com 400 homens.
Serão 23 Trios Elétricos, a maioria de entidades, ONGs e Associações. Cerca de 1.300 policiais da PM e Guarda Civil trabalharão no evento que terá ainda dois Telecentros: um com 20 computadores montados na frente do Parque Trianon e outro na Consolação, com 12 máquinas, que irão atender aos policiais e à população na feitura de Boletins de Ocorrência.
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