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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008 | Horário: 12:05
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Livro aponta medidas para amenizar os impactos do Minhocão na Cidade

Na última terça-feira (16/12), o livro ''Caminhos do Elevado - Memórias e Projetos'' foi lançado, reunindo artigos de especialistas em urbanismo e os projetos que, em 2006, visavam minimizar os problemas causados pelo Elevado.

A Secretaria Municipal de Planejamento e a Imprensa Oficial do Estado lançaram o livro Caminhos do Elevado - Memórias e Projetos na noite da última terça-feira (16/12), em uma livraria do centro histórico de São Paulo.

A publicação reúne artigos de especialistas em urbanismo e os projetos vencedores do 2º Prêmio Prestes Maia, que, em 2006, selecionou 46 planos que visavam a minimizar os problemas causados pelo Elevado Costa e Silva nas proximidades da região central da cidade, onde está localizado.

De acordo com o diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado, Hubert Alquéres, o Minhocão - como o elevado é popularmente conhecido em São Paulo - desde que foi planejado, décadas atrás, sempre suscitou polêmica.

"A editora tem a preocupação em refletir os assuntos de interesse público. Com este livro, nossa proposta é não só documentar os assuntos de infra-estrutura da Cidade, mas também debater e refletir as questões urbanísticas".

Organizado pela historiadora Rosa Artigas e pelas arquitetas Joana Mello e Ana Cláudia Castro, Caminhos do Elevado - Memória e Projetos aborda, no texto de abertura escrito pelo urbanista Candido Malta Campos, a construção do Minhocão e a história da região onde a via elevada foi instalada; também retoma os diversos momentos em que o elevado firmou sua característica de personagem da Cidade, em artigo de autoria das arquitetas Renata Motta e Ana Paula Nascimento.

"Elas dão um enfoque mais artístico, falam sobre as intervenções artísticas realizadas na via desde que foi inaugurada, em 1971. O Minhocão também foi muito usado como cenário por fotógrafos e cineastas e isso faz parte do livro", explica Joana Mello.

O terceiro texto, dos arquitetos Renato Luiz Sobral Anelli e Alexandre Rodrigues, faz uma análise da ligação entre a forma urbana e os interesses da indústria automobilística que ganhava cada vez mais força entre o fim dos anos 60 e o começo da década seguinte.

"Este enfoque discute a via elevada como um tipo de solução para a Cidade. Eles contextualizam construções semelhantes no mundo", segundo Ana Cláudia Castro.


Projetos

A 2ª edição do Prêmio Prestes Maia foi lançada em fevereiro de 2006. O prêmio é uma homenagem a um dos mais importantes prefeitos da cidade de São Paulo, Francisco Prestes Maia, e tem o objetivo de valorizar iniciativas na área do planejamento e da engenharia urbana. Naquele ano, a idéia era premiar propostas de intervenção urbana da região do elevado Costa e Silva.

De acordo com Ana Cláudia, 80% dos projetos optaram por manter a estrutura do Minhocão, em vez de derrubá-lo. Os vencedores do projeto, os arquitetos José Alves e Juliana Corradini, propuseram manter a função de conexão viária Leste/Oeste, envolvendo o elevado numa estrutura acústica que abriga, na cobertura, um parque público.

Agora, eles devem ser contratados pela Prefeitura para desenvolver um anteprojeto do novo elevado. "Temos seis meses para desenvolver esta nova etapa, mas não significa que haverá alguma obra. Para isso, seriam necessárias, no mínimo, mais duas fases de projeto", explicou Juliana Corradini.


Confira alguns dados do Elevado Costa e Silva - Minhocão

Foi inaugurado em 1971
Tem 2,7 quilômetros de extensão e liga a Zona Leste à Oeste
Apresenta largura variável entre 15,5 metros e 23 metros Está a 5,5 metros do solo
Em determinados pontos, passa a apenas cinco metros das janelas de quartos, salas e terraços dos prédios da vizinhança
Trafegam 80 mil carros por dia pelo elevado.


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