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Terça-feira, 9 de Janeiro de 2007 | Horário: 09:25
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Passagem subterrânea da Washington Luís deve levar a economia de até 20 minutos

A obra, que deverá estar concluída em 12 meses, faz parte de parceria firmada entre a Prefeitura e a Infraero em 2005. A passagem terá 310 metros de extensão, dos quais 160 metros cobertos e 150 metros descobertos, 9,50 metros de largura e 5,10 metros de altura.
Os motoristas que trafegam pela avenida Washington Luís enfrentam um trânsito um pouco mais carregado que de costume. O transtorno é reflexo das recém-iniciadas obras de construção de uma passagem subterrânea na avenida que vai ligá-la diretamente ao aeroporto de Congonhas. A execução das obras levou à interdição dos acessos da avenida Washington Luís, sentido Centro, para a rua Lourical e rua Rafael Iório e o retorno da avenida Washington Luís para a região de Interlagos.

Para minimizar os contratempos a pedestres e motoristas que passam pela região, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitora, desde o começo das obras em dezembro passado, o trânsito nas proximidades do aeroporto. "Permaneceremos por todo o tempo da obra com agentes no local, dando apoio à travessia de pedestres, providenciando orientação aos motoristas", comenta Valtair Valadão, gerente de operações da CET. "Além disso, nos temos viaturas que circulam em torno do trecho, operando na retirada de interferências como carros sem combustível ou carros acidentados".

De acordo com Valadão, a própria escolha do período para o início das obras deixa clara a intenção de atrapalhar o menos possível o fluxo do trânsito. "Era nossa intenção fazer esta intervenção no período de férias escolares. Temos trabalhado com uma situação boa de fluidez, exceto em questões pontuais, como períodos de chuvas, e intervenções com acidentes".

A avenida Washington Luís é uma das principais vias do eixo Norte-Sul, do qual fazem parte também as avenidas 23 de Maio e Rubem Berta, dentre outras. Por ela transita um volume de carros bastante elevado, em torno de 4.800 veículos por hora, no sentido centro-bairro, e 4.100 no sentido oposto, no horário de pico.

A avenida é conhecida dos motoristas por apresentar constantemente tráfego moroso, especialmente nas proximidades do aeroporto. Hoje, o acesso de Congonhas ao sistema viário é feito por meio de um semáforo na Washington Luís, por onde circulam 1.900 veículos por hora no horário de pico, o que provoca contínuos congestionamentos no local.

A passagem subterrânea ligando a Washington Luís a Congonhas eliminaria esses congestionamentos, gerando uma economia de tempo que pode chegar a 20 minutos, tanto para quem segue rumo ao aeroporto como para quem apenas passa pelo local. Até que sejam concluídas, porém, as obras vão exigir maior dose de paciência do motorista diante da piora temporária do trânsito.

"Claro que toda obra tem um impacto e, por menor que seja a intervenção, ela trará algum prejuízo. Mas estamos trabalhando para que esta intervenção seja sentida o mínimo possível", garante Valadão.

Uma ligação até o aeroporto

A passagem terá 310 metros de extensão, dos quais 160 metros cobertos e 150 metros descobertos, 9,50 metros de largura e 5,10 metros de altura. Ela terá duas faixas de rolamento para veículos, um passeio para pedestres, dotados de sistema de iluminação, ventilação, monitoramento e combate a incêndio. A capacidade de passagem do novo acesso será superior à média de tráfego registrada atualmente nos horários de pico, que é de 2 mil veículos por hora.

A obra, que deverá estar concluída em 12 meses, faz parte de parceria firmada entre a Prefeitura Municipal de São Paulo e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) em novembro de 2005. O investimento para a construção da passagem está previsto em R$ 23 milhões, bancados pela Infraero.

O projeto básico foi elaborado pela Prefeitura de São Paulo e as obras são executadas pelo consórcio responsável pela construção. O gasto da Prefeitura será de aproximadamente R$ 500 mil, com desvios de trânsito, sinalização, elaboração do projeto da obra e projetos da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, que incluem estudos de impacto ambiental e remoção de árvores.

Como compensação ambiental pela construção da passagem subterrânea e por obras no aeroporto, a Infraero doará mudas de árvores que serão plantadas nas margens do córrego da Invernada, no Campo Belo. O local para o plantio dessas mudas foi escolhido pela Subprefeitura de Santo Amaro.

O projeto prevê o uso de espécies nativas como alecrim-de-campinas, cedro, guapuruvu, pau-ferro, sapucaia, ipê-roxo, entre outras, e contempla também a instalação de um playground, áreas de estar e caminhos para passeio. Além do córrego da Invernada, outra área, a ser indicada pela subprefeitura, será beneficiada pela compensação ambiental.

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