Secretaria Especial de Comunicação
‘Quem Somos’ conta histórias reais, de famílias pobres paulistanas
Coordenado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o caderno “Quem Somos” tem 72 páginas, ilustradas com fotos e desenhos das famílias que se revelam por meio de histórias reais, retiradas de seu cotidiano, sonhos e realizações.
Seguindo o conceito estabelecido no Programa Ação Família - Viver em Comunidade, a publicação Quem Somos – fatos e relatos, lançada ontem pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), transforma integrantes de famílias carentes da Cidade em agentes do próprio desenvolvimento. O trabalho envolveu representantes de 20 famílias atendidas pelo Programa nos distritos de Brasilândia e Rio Pequeno, e 20 Agentes de Proteção Social (APS).
Coordenado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o caderno “Quem Somos” tem 72 páginas, ilustradas com fotos e desenhos das famílias que se revelam por meio de histórias reais, retiradas de seu cotidiano, sonhos e realizações. Para tanto, o Cenpec formulou uma metodologia que tornou as próprias famílias protagonistas e autoras, e os APS co-autores do trabalho.
Curiosamente, todas as histórias são narradas por mulheres, como Eliane Batista da Silva. Ela conta sobre sua mãe, que trabalhou arduamente na roça para matar a fome dos filhos e chegou a perder um dedo no corte de cana.
As famílias destacadas na publicação participaram de oficinas do Programa, de Investigação Cartográfica, Arte, Leitura e Comunicação Oral e Escrita, com o objetivo de redefinir os conceitos de “vida em família” e “vida na comunidade”. O resultado emociona pela clareza das intenções dos personagens e simplicidade com que tratam da própria realidade de carência.
Histórias tristes e outras divertidas receberam ilustrações inusitadas, com todo tipo de referência visual disponível no universo dessas famílias.
A história do menino sonhador, por exemplo, é revelada pela mãe de Julielison, Eliane Batista da Silva, que tem 36 anos e outros cinco filhos. Ela conta que Julielison teve paralisia infantil aos sete meses de idade e “sonha em ter uma bicicleta, mas não consegue pedalar, é só para ficar olhando para ela”. Apesar de aparentemente triste, a história de Julielison é carregada de esperança e a mãe faz questão de contar um episódio engraçado e animador envolvendo o filho, sobre o dia em que ele se passou de Papai Noel para os outros irmãos.
Ao estimular o aperfeiçoamento da comunicação escrita, já que a fluência é imprescindível para que famílias e comunidades possam acessar conteúdos, bens e serviços da sociedade, o caderno cumpre a função de dar voz aos menos favorecidos. O conhecimento da realidade das famílias retratadas na publicação - sua visão de passado, presente e futuro - auxilia tanto a construção de políticas públicas mais eficazes quanto a construção de um projeto de futuro nas comunidades envolvidas.
A admiração por pessoas que conseguem prosperar ou simplesmente sobreviver em situações de miséria, abandono e hostilidade é um dos sentimentos mais comuns às declarações contidas no caderno. É o caso de Maria Roseana Gonçalves, na história sob o título “A vida da minha cunhada Midian”, que se casou com o irmão da autora, teve três filhos e foi abandonada pelo marido durante a última gravidez: “Ela é uma batalhadora. Criou os filhos sozinha, sem a ajuda do pai, que nunca ligou para os filhos. Para mim, ela é um exemplo de pessoa, um ser humano incrível que, apesar da separação com meu irmão, que já faz 22 anos, ela sempre me tratou bem e sempre me deu o maior carinho e apoio quando eu preciso”.
Os primeiros dez mil exemplares do caderno “Quem Somos” serão distribuídos para as Secretarias municipais, para os 20 Centros de Referência do Ação Família (CRAFs) e para as famílias atendidas pelo Programa. Uma segunda edição já está programada para abril.
O lançamento do caderno ocorreu ontem, no Museu da Língua Portuguesa, com a presença das famílias e agentes que participaram da elaboração da publicação. Durante o evento, eles tiveram a oportunidade de assistir à exibição dos filmes “Caderno Família” e “Origem das Línguas”.
"Esse trabalho que vocês fazem é o mais importante para que a gente consiga combater a pobreza na Cidade. Parabéns. Essa publicação ficou maravilhosa”, disse o prefeito de São Paulo durante a cerimônia.
Coordenado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o caderno “Quem Somos” tem 72 páginas, ilustradas com fotos e desenhos das famílias que se revelam por meio de histórias reais, retiradas de seu cotidiano, sonhos e realizações. Para tanto, o Cenpec formulou uma metodologia que tornou as próprias famílias protagonistas e autoras, e os APS co-autores do trabalho.
Curiosamente, todas as histórias são narradas por mulheres, como Eliane Batista da Silva. Ela conta sobre sua mãe, que trabalhou arduamente na roça para matar a fome dos filhos e chegou a perder um dedo no corte de cana.
As famílias destacadas na publicação participaram de oficinas do Programa, de Investigação Cartográfica, Arte, Leitura e Comunicação Oral e Escrita, com o objetivo de redefinir os conceitos de “vida em família” e “vida na comunidade”. O resultado emociona pela clareza das intenções dos personagens e simplicidade com que tratam da própria realidade de carência.
Histórias tristes e outras divertidas receberam ilustrações inusitadas, com todo tipo de referência visual disponível no universo dessas famílias.
A história do menino sonhador, por exemplo, é revelada pela mãe de Julielison, Eliane Batista da Silva, que tem 36 anos e outros cinco filhos. Ela conta que Julielison teve paralisia infantil aos sete meses de idade e “sonha em ter uma bicicleta, mas não consegue pedalar, é só para ficar olhando para ela”. Apesar de aparentemente triste, a história de Julielison é carregada de esperança e a mãe faz questão de contar um episódio engraçado e animador envolvendo o filho, sobre o dia em que ele se passou de Papai Noel para os outros irmãos.
Ao estimular o aperfeiçoamento da comunicação escrita, já que a fluência é imprescindível para que famílias e comunidades possam acessar conteúdos, bens e serviços da sociedade, o caderno cumpre a função de dar voz aos menos favorecidos. O conhecimento da realidade das famílias retratadas na publicação - sua visão de passado, presente e futuro - auxilia tanto a construção de políticas públicas mais eficazes quanto a construção de um projeto de futuro nas comunidades envolvidas.
A admiração por pessoas que conseguem prosperar ou simplesmente sobreviver em situações de miséria, abandono e hostilidade é um dos sentimentos mais comuns às declarações contidas no caderno. É o caso de Maria Roseana Gonçalves, na história sob o título “A vida da minha cunhada Midian”, que se casou com o irmão da autora, teve três filhos e foi abandonada pelo marido durante a última gravidez: “Ela é uma batalhadora. Criou os filhos sozinha, sem a ajuda do pai, que nunca ligou para os filhos. Para mim, ela é um exemplo de pessoa, um ser humano incrível que, apesar da separação com meu irmão, que já faz 22 anos, ela sempre me tratou bem e sempre me deu o maior carinho e apoio quando eu preciso”.
Os primeiros dez mil exemplares do caderno “Quem Somos” serão distribuídos para as Secretarias municipais, para os 20 Centros de Referência do Ação Família (CRAFs) e para as famílias atendidas pelo Programa. Uma segunda edição já está programada para abril.
O lançamento do caderno ocorreu ontem, no Museu da Língua Portuguesa, com a presença das famílias e agentes que participaram da elaboração da publicação. Durante o evento, eles tiveram a oportunidade de assistir à exibição dos filmes “Caderno Família” e “Origem das Línguas”.
"Esse trabalho que vocês fazem é o mais importante para que a gente consiga combater a pobreza na Cidade. Parabéns. Essa publicação ficou maravilhosa”, disse o prefeito de São Paulo durante a cerimônia.
collections
Galeria de imagens
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk