Secretaria Especial de Comunicação
Com o envolvimento da comunidade, escola do Butantã agora é referência
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima é referência não apenas pelo arrojo do novo modelo educacional adotado, mas principalmente pela atitude comunitária, já que o despertar da consciência da necessidade de mudança partiu das famílias de estudantes.
Com muita vontade e dedicação, um grupo de pais que sonhava com uma escola que atendesse às necessidades mais autênticas de aprendizado de seus filhos transformou completamente a rotina de uma escola municipal do Butantã.
Desde 2004, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima é referência em São Paulo, não apenas pelo arrojo do novo modelo educacional adotado, mas principalmente pela atitude comunitária, já que o despertar da consciência da necessidade de mudança partiu das famílias de estudantes. “Só quando a comunidade está absolutamente envolvida com a escola, mudanças profundas como esta são possíveis”, comenta a diretora Ana Elisa Siqueira, que abraçou a idéia e saiu com a comunidade em busca da melhor escola possível.
Diferentemente da maioria das escolas, a Amorim Lima não tem salas de aula divididas por séries. As paredes que separavam os estudantes de 1ª à 4ª séries foram derrubadas e eles estudam todos em um mesmo salão, com os professores de todas as áreas de conhecimento sempre ali, ao alcance deles.
O mesmo ocorre com os estudantes de 5ª à 8ª séries. Os alunos estudam sempre em grupos de seis, sempre da mesma série, mas não perdem o contato com os demais colegas. Uma música suave de fundo, quase sempre clássica, ajuda a controlar a energia aparentemente inesgotável das crianças e adolescentes durante tanto tempo no mesmo ambiente.
Ana Elisa explica que tudo começou com a discussão, no Conselho de Escola, sobre a falta de funcionários: “A comunidade de pais dessa escola já era muito ativa. Aos poucos eles foram nos colocando questões que nos forçaram a mudar. Fomos buscar alternativas”.
Dos questionamentos feitos à direção sobre a falta de funcionários à implementação de um projeto pedagógico amplo, particular e revolucionário, o salto foi imenso. Por isso, tudo aconteceu passo a passo, com disposição, persistência e espírito comunitário.
A diretora da escola municiou a comunidade de todo o material jurídico disponível e ela conseguiu contratar, por meio da Secretaria Municipal de Educação, a primeira assessoria técnica, da equipe da psicóloga Rosely Sayão. “Não foi fácil. Nossa inspiração maior era a Escola da Ponte, em Portugal (onde também não há salas, não há hierarquia e os alunos têm autonomia para definir sua área de interesse de aprendizado). Essa primeira consultoria foi nos mostrando as possibilidades”, explica Ana Elisa.
O novo modelo pedagógico da Amorim Lima foi desenvolvido por Geraldo de Souza, o segundo consultor contratado, que é doutor em Pedagogia pela USP. Ele estudou todos os livros didáticos disponíveis e organizou roteiros de pesquisas que passam por todas as áreas de conhecimento. Cada série trabalha com algo entre 13 e 16 roteiros, que englobam todo o conteúdo previsto pelo Ministério da Educação.
“Os roteiros são amplos, como ‘água’, por exemplo. Em cima desse tema, em grupos de seis, os alunos vão recebendo informações e referências dos professores das diversas áreas, numa dinâmica estimulante, que instiga a busca por mais respostas”, diz Ana Elisa.
Além das aulas nos salões, existem salas de oficinas de leitura e escrita, matemática, ciências e arte (música, teatro, dança, artes plásticas, educação física e capoeira). Essas oficinas fazem parte do conteúdo da carga horária obrigatória da escola e todo o conteúdo é baseado na identidade da cultura brasileira.
Para esta empreitada, em uma escola com 860 alunos, parceiros são sempre bem-vindos. As aulas de capoeira, por exemplo, ocorrem em parceria com o programa Ponto de Cultura, do Ministério da Cultura. As fundações Camargo Correia e Crer Pra Ver também já patrocinaram projetos na escola. Atualmente, a empresa Future Kids é parceira no desenvolvimento de projetos de educação em informática na Amorim Lima.
Exercitando o espírito democrático e comunitário desde cedo, os estudantes participam de tutorias uma vez por semana. As tutorias são avaliações dos trabalhos da semana, feitas em grupos de 18 alunos e um professor, que discutem juntos o resultado daquele período.
Para manter e melhorar o nível de ensino alcançado, Ana Elisa explica que, além do Conselho de Escola, a Amorim Lima conta com um Conselho Pedagógico, que semanalmente reúne funcionários, pais e intelectuais convidados, para discutir o conteúdo oferecido aos estudantes: “Sempre estamos buscando nos aperfeiçoar, buscando coisas melhores ainda. Dá trabalho, mas nós já sabemos que é possível. Basta se envolver”.
Desde 2004, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima é referência em São Paulo, não apenas pelo arrojo do novo modelo educacional adotado, mas principalmente pela atitude comunitária, já que o despertar da consciência da necessidade de mudança partiu das famílias de estudantes. “Só quando a comunidade está absolutamente envolvida com a escola, mudanças profundas como esta são possíveis”, comenta a diretora Ana Elisa Siqueira, que abraçou a idéia e saiu com a comunidade em busca da melhor escola possível.
Diferentemente da maioria das escolas, a Amorim Lima não tem salas de aula divididas por séries. As paredes que separavam os estudantes de 1ª à 4ª séries foram derrubadas e eles estudam todos em um mesmo salão, com os professores de todas as áreas de conhecimento sempre ali, ao alcance deles.
O mesmo ocorre com os estudantes de 5ª à 8ª séries. Os alunos estudam sempre em grupos de seis, sempre da mesma série, mas não perdem o contato com os demais colegas. Uma música suave de fundo, quase sempre clássica, ajuda a controlar a energia aparentemente inesgotável das crianças e adolescentes durante tanto tempo no mesmo ambiente.
Ana Elisa explica que tudo começou com a discussão, no Conselho de Escola, sobre a falta de funcionários: “A comunidade de pais dessa escola já era muito ativa. Aos poucos eles foram nos colocando questões que nos forçaram a mudar. Fomos buscar alternativas”.
Dos questionamentos feitos à direção sobre a falta de funcionários à implementação de um projeto pedagógico amplo, particular e revolucionário, o salto foi imenso. Por isso, tudo aconteceu passo a passo, com disposição, persistência e espírito comunitário.
A diretora da escola municiou a comunidade de todo o material jurídico disponível e ela conseguiu contratar, por meio da Secretaria Municipal de Educação, a primeira assessoria técnica, da equipe da psicóloga Rosely Sayão. “Não foi fácil. Nossa inspiração maior era a Escola da Ponte, em Portugal (onde também não há salas, não há hierarquia e os alunos têm autonomia para definir sua área de interesse de aprendizado). Essa primeira consultoria foi nos mostrando as possibilidades”, explica Ana Elisa.
O novo modelo pedagógico da Amorim Lima foi desenvolvido por Geraldo de Souza, o segundo consultor contratado, que é doutor em Pedagogia pela USP. Ele estudou todos os livros didáticos disponíveis e organizou roteiros de pesquisas que passam por todas as áreas de conhecimento. Cada série trabalha com algo entre 13 e 16 roteiros, que englobam todo o conteúdo previsto pelo Ministério da Educação.
“Os roteiros são amplos, como ‘água’, por exemplo. Em cima desse tema, em grupos de seis, os alunos vão recebendo informações e referências dos professores das diversas áreas, numa dinâmica estimulante, que instiga a busca por mais respostas”, diz Ana Elisa.
Além das aulas nos salões, existem salas de oficinas de leitura e escrita, matemática, ciências e arte (música, teatro, dança, artes plásticas, educação física e capoeira). Essas oficinas fazem parte do conteúdo da carga horária obrigatória da escola e todo o conteúdo é baseado na identidade da cultura brasileira.
Para esta empreitada, em uma escola com 860 alunos, parceiros são sempre bem-vindos. As aulas de capoeira, por exemplo, ocorrem em parceria com o programa Ponto de Cultura, do Ministério da Cultura. As fundações Camargo Correia e Crer Pra Ver também já patrocinaram projetos na escola. Atualmente, a empresa Future Kids é parceira no desenvolvimento de projetos de educação em informática na Amorim Lima.
Exercitando o espírito democrático e comunitário desde cedo, os estudantes participam de tutorias uma vez por semana. As tutorias são avaliações dos trabalhos da semana, feitas em grupos de 18 alunos e um professor, que discutem juntos o resultado daquele período.
Para manter e melhorar o nível de ensino alcançado, Ana Elisa explica que, além do Conselho de Escola, a Amorim Lima conta com um Conselho Pedagógico, que semanalmente reúne funcionários, pais e intelectuais convidados, para discutir o conteúdo oferecido aos estudantes: “Sempre estamos buscando nos aperfeiçoar, buscando coisas melhores ainda. Dá trabalho, mas nós já sabemos que é possível. Basta se envolver”.
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