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Quarta-feira, 28 de Março de 2007 | Horário: 09:44
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Taxa de mortalidade por tuberculose cai pela metade em São Paulo

De acordo com o levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, o número de mortes causadas pela tuberculose caiu cerca de 50% entre 1996 e 2005, passando de 6,1 óbitos para 3,1 em cada grupo de 100 mil habitantes.
No Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, em 24 de março, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou queda na taxa de mortalidade pela doença em São Paulo. De acordo com o levantamento realizado, o número de mortes causadas pela tuberculose caiu cerca de 50% entre 1996 e 2005, passando de 6,1 óbitos para 3,1 em cada grupo de 100 mil habitantes. A taxa de incidência da tuberculose tem se mantido estável no mesmo período, com o registro de, em média, 6.500 casos novos por ano. Os dados de 2006 ainda não foram finalizados.

Os indicadores sugerem que os serviços de diagnóstico e tratamento oferecidos pela rede municipal de saúde conseguem levar os pacientes à cura em cerca de 72% dos casos novos que iniciam tratamento. Para assegurar que o paciente complete o ciclo de combate à doença, que dura no mínimo seis meses, a SMS adotou uma estratégia recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar o abandono e apoiá-lo em sua cura. O Tratamento Supervisionado por um profissional de saúde já existe no município desde a década de 90 e ano a ano vem apresentando melhores resultados. Em 1998, apenas 2,7% dos casos registrados foram acompanhados desta forma. Em 2004, este percentual subiu para 36,9% e, no ano passado, já era de 47,6%.

Nestas unidades, os pacientes recebem um tratamento supervisionado que inclui um suporte social para ajudar na recuperação. As pessoas que cumprem diariamente as orientações recebem cestas básicas para contribuir na melhora da alimentação. Em 2006, foram entregues mais de 15 mil cestas básicas. Além disso, os pacientes recebem vales-transporte para facilitar a ida ao médico, aos exames de controle e, principalmente, às sessões de ingestão de medicamentos nas UBSs. Ainda no ano passado, a SMS repassou 132 mil passes gratuitos a este grupo de pacientes.

Com estes benefícios e mais o engajamento dos profissionais da saúde - médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários -, houve queda também no índice de abandono de tratamento nos últimos anos. Em 1998, 20% dos doentes deixavam de tomar medicamentos e comparecer às consultas médicas após o desaparecimento dos sintomas mais severos. Em 2005, o índice caiu para 11%. Quem abandona os cuidados fica sujeito ao retorno da doença e pode ter a eficácia dos remédios reduzida.

Para a Secretaria de Saúde, essa redução deve-se também à ampliação da rede que faz o acompanhamento dos pacientes. Atualmente, 393 UBSs (95,6% dessa rede) estão preparadas para identificar os casos suspeitos, realizar os exames clínicos e bacteriológicos necessários ao diagnóstico da tuberculose.

Em 1998, apenas 57,5% dos equipamentos de saúde estavam capacitados para estas ações. "Ainda há muito para ser feito. Trata-se de uma doença que precisa de atenção e cuidados durante longo tempo. Não se pode descuidar do problema, sendo necessário que o governo e a sociedade atuem em parceria para que as metas estabelecidas de controle da doença sejam alcançadas", ressalta Naomi Kawaoka Komatsu, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose no Município de São Paulo.

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