Secretaria Especial de Comunicação

Terça-feira, 22 de Maio de 2007 | Horário: 09:00
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CMDH anuncia vencedores de festival de cinema

O Festival ''Entretodos'', promovido pela Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, já tem seus vencedores. O prefeito apresentou o prêmio de melhor curta (R$ 20 mil), que foi para ''Vida Maria'', realizado por um gaúcho que mora no Ceará, Márcio Ramos.
Foram anunciados na noite do último domingo (20/05) os três curtas-metragens vencedores do Festival “Entretodos”, promovido pela Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo. O prefeito de São Paulo apresentou o prêmio de melhor curta (R$ 20 mil), que foi para "Vida Maria", realizado por um gaúcho que mora no Ceará, Márcio Ramos. O de melhor roteiro (R$ 7 mil) foi para o curta-metragem "Uma história Severina", de Debora Diniz e Eliane Brum, de Brasília-DF. O melhor diretor estreante (R$ 7 mil) foi Marcio Schenatto, de Caxias do Sul-RS, com sua realização "Kilmayr".

“Conseguimos que mais de 400 jovens, pois na maioria foram jovens os que participaram, se reunissem para fazer um filme, com seu trabalho coletivo. A resposta foi a participação num processo de procura, de uma caminhada, como são os direitos humanos”, avaliou o presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos. O grande vencedor "Vida Maria", com nove minutos, que participou do grupo temático Cotidiano, é uma animação que fala de Maria José, uma menina de cinco anos de idade, levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece. Ao final, o início de um novo ciclo que vai reproduzir seu passado no futuro de sua filha.

O melhor roteiro do festival ficou com "Uma história Severina", de Debora Diniz e Eliane Brum, que participou do bloco temático O Lugar do Corpo. Em 14 minutos, fala da mulher pobre que teve a vida alterada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Grávida de quatro meses de um feto sem cérebro, ela estava internada no hospital na mesma tarde em que o tribunal cassou a permissão para interromper a gestação. Era 20 de outubro de 2004 quando ela deixou o hospital com sua barriga e sua tragédia.

Já o vencedor do prêmio de melhor diretor estreante, “Kilmayr”, de Marcio Schenatto, participante do bloco Cotidiano e com 10 minutos de duração, é um documentário sobre um varredor das ruas de Caxias do Sul. Fala tão rápido quanto usa sua vassoura. Kilmayr foge do estereótipo que se aplica ao indivíduo baseado no trabalho que exerce. Mostra o amor e a ironia sobre a profissão de varredor.

Ganhou o Prêmio Mochileiro do júri, anunciado pela cineasta Ana Carolina (presidente dos jurados), "Daqui nóis não arreda o pé", do mineiro Jairo Teixeira dos Santos. O Prêmio Mochileiro do júri popular ficou para "Vitória de Darley", de Renato Rosati, do Rio de Janeiro.

O Prêmio Mochileiro nasceu da vontade de tornar os realizadores agentes disseminadores do conceito e da linguagem refletidos no Festival. Os dois premiados nesta categoria terão o papel de divulgar e debater os direitos humanos por diversas cidades e Estados no País, usando para isso a exibição dos 35 curtas selecionados para a final.

Além de ajuda de custo e passagem para as viagens, os dois ganhadores deste prêmio especial terão à sua disposição uma câmera minidv (captação de imagens e de discussões vivenciadas), uma senha de acesso ao site do Festival (www.entretodos.com.br) para disponibilizar suas experiências on line.

Receberam menção honrosa do júri os seguintes curtas: "Além de café, petróleo e diamante", de Marcelo Trotta; "Fabricação própria: a desordem do desejo", de Carol Thome; "Freqüência Hanói", de Daniel Lisboa e Diego Lisboa; "Hip Hop com dendê", de Fabíola Aquino; "Leonel Pé-de-vento", de Jair Giacomini; "O papel principal", de Edu Felistoque e Nereu Cerdeira; "Ocupação Guapira", de Rafael Adaime; "Os Três Porquinhos", de Cláudio Roberto; "Sexo e claustro", de Claudia Priscilla; e “Maria sem graça”, de Leandro Goddinho.

O júri foi presidido pela cineasta Ana Carolina, composto ainda de personalidades: o secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente; o diretor do SescSP, Danilo Santos de Miranda; o ator Lázaro Ramos, o jornalista André Fischer; a jornalista Marília Gabriela; o músico Beto Villares; a vereadora Soninha; o artista plástico e cineasta Daniel Zarvos; o advogado ligado à área de direitos humanos Eduardo Szazi; e o editor da Revista Trip, Paulo Lima.

O 1º Prêmio Municipal de Direitos Humanos tem a proposta de refletir e discutir os direitos humanos mediante a produção audiovisual.

A partir de um estudo feito do conceito e do logo do Festival foi criado o troféu “Entre todos”. O prêmio foi elaborado no atelier da Oficina Boracéa sob a supervisão de Paulo Antunes, artesão que já morou na rua. O objeto foi elaborado a partir de sucata recolhida pela cidade: seis quilos de material reciclável foram usados para a criação de um troféu que reflete o espírito do Festival. Na organização do “Entretodos”, a CMDH foi assessorada pela FespSP - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

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