Secretaria Especial de Comunicação

Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2007 | Horário: 08:00
Compartilhe:

Crianças de 1ª, 3ª e 4ª séries terão reforço de Matemática e Português

Implantado em 2006 o programa Ler e Escrever era aplicado apenas a alunos dos 1º e 4º ano, agora após reformulação, passa a atender também os estudantes do 3º ano. A iniciativa propõe o envolvimento de todos os educadores da escola para a alfabetização das crianças.
Adotado em 2006 nas escolas da rede municipal de ensino, o programa Ler e Escrever passa por reorganização em que os alunos do 3º ano do ensino fundamental contarão com um programa de recuperação de aprendizagem: o Projeto Intensivo no Ciclo I (PIC) - 3º ano. O programa já atua com alunos dos 1º e 4º ano.

Levantamento da Secretaria Municipal de Educação indica que cerca de 90% dos alunos que chegam ao fim do 2º ano são considerados alfabéticos, ou seja, dominam os códigos básicos para a escrita e a leitura. A meta prevista é que 100% dos alunos desta etapa de escolarização construam esse conhecimento e tenham condições de prosseguir os estudos com sucesso.

A proposta do PIC - 3º ano é a recuperação intensiva dos conteúdos curriculares fundamentais, para evitar que esses alunos sejam retidos no fim do 4º ano do Ciclo I. "Esta é uma ação mais efetiva no meio do ciclo para que os alunos não avancem na escolaridade sem que tenham o domínio de algumas competências que são essenciais para o aprendizado não só da leitura e da escrita como do conteúdo das outras áreas do conhecimento", diz Rosanea Mazzini, coordenadora do Círculo de Leitura da Secretaria Municipal de Educação.

Cada escola poderá organizar, no turno que melhor atender às necessidades dos estudantes, uma sala de PIC com até 30 alunos que tenham chegado ao 3º ano sem o domínio sobre o sistema alfabético de escrita. A idéia da organização de turmas do PIC - 3º ano é que os alunos possam viver novas situações com o trabalho de leitura e escrita, envolvendo conteúdos e gêneros textuais que estão na expectativa de aprendizagem.

A formação de educadores para o trabalho com estas turmas será feita da mesma maneira como no PIC - 4º ano. Os coordenadores pedagógicos responsáveis pelo ciclo participam de formação nas Coordenadorias de Educação e serão responsáveis por trabalhar o programa junto aos professores regentes do 3º ano.

O programa Ler e Escrever propõe o envolvimento de todos os educadores da escola para a alfabetização de seus alunos. Por isso, a formação dos professores se dará, principalmente, na própria unidade educacional. Os educadores contarão também com um material didático organizado para o planejamento diário do trabalho de alfabetização, com atividades de comunicação oral e práticas de leitura e escrita.

A reorganização do programa foi desenvolvida tendo em vista os resultados positivos alcançados com a implantação das turmas de PIC no 4º ano.

O ensino de Matemática também será reforçado pelo programa Ler e Escrever. Além de ser contemplado pelo PIC - 3º ano, a disciplina terá um caderno de orientações didáticas próprio, focado no 2º, 3º e 4º anos do ensino fundamental.

Segundo Suzete Borelli, formadora do Círculo de Leitura e Escrita e Matemática, a escola deve atuar a partir do conhecimento prático que as crianças possuem, principalmente no primeiro ciclo do ensino fundamental. Uma pesquisa realizada pela Secretaria no segundo semestre do ano passado levantou alguns pontos para acompanhar o trabalho na área, incluindo a identificação dos pontos fortes e deficiências dos alunos na disciplina. Os livros foram elaborados a partir das necessidades e expectativas medidas pela pesquisa. "O projeto visa trazer sentido para o conteúdo ensinado, de forma que o aluno possa observar a beleza da linguagem matemática", conclui Borelli.

Alunos surdos

A Secretaria Municipal de Educação lançou o caderno de orientações didáticas do programa Ler e Escrever "Toda Força ao Primeiro Ano: Contemplando as Especificidades dos Alunos Surdos". O livro tem como finalidade subsidiar os professores que atuam com alunos surdos nas seis Escolas Municipais de Educação Especial (EMEEs) e demais escolas regulares da rede para o planejamento de suas atividades pedagógicas.

A publicação aborda as condições diferenciadas nas quais os alunos surdos adquirem o conhecimento da língua portuguesa, além de trazer informações sobre as conseqüências da surdez no desenvolvimento da oralidade, da leitura e da escrita.

A integração da Educação Especial com o programa Ler e Escrever contempla a comunicação entre professores e alunos por meio da Língua Brasileira de Sinais como meio de desenvolver a capacidade leitora e escritora desses estudantes. As atividades propostas pelo material foram elaboradas a partir de experiências de professores nas escolas especiais da Rede Municipal de Ensino.


collections
Galeria de imagens