Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
Irmão de King Cole faz série de três shows
Músico toca hoje com a Jazz Sinfônica, amanhã sozinho no Bourbon Street e no sábado, gratuitamente, na praça D. José Gaspar
Divulgação
O cantor Freddy Cole, que faz três apresentações na cidade: na Sala São Paulo, no Bourbon Street e na pça. Dom José Gaspar
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Ei, se Nat soa como eu, o que eu posso dizer? Mas não peço desculpas, porque não sou o meu irmão, sou eu." Essa frase faz parte de uma das canções mais bem-humoradas de Freddy Cole, "I'm Not My Brother I'm Me" (eu não sou meu irmão, sou eu), que pode ser assistida no YouTube (basta digitar o nome da canção no campo de busca do site).
Doze anos mais jovem do que o mítico Nat King Cole (1919-1965), seu irmão, Freddy está de volta ao Brasil, onde se apresentou pela última vez em 2002. Hoje, com a Jazz Sinfônica, ele toca na Sala São Paulo, na série da Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). Sem a orquestra, o músico se apresenta amanhã, no Bourbon Street, e no sábado, com entrada franca, na série Piano na Praça, na praça Dom José Gaspar.
A ligação de Freddy com nosso país é antiga: "I Loved You" era o tema dos personagens Júlia e Cacá na novela "Dancin" Days" (1978), de Gilberto Braga. Ele já incluiu no repertório canções brasileiras, como "Manhã de Carnaval", e tem um disco de 2001 cuja faixa-título é "Rio de Janeiro Blue". "Sou brasileiro de coração", brinca.
Para além do sobrenome, as semelhanças entre Freddy e Nat são por demais evidentes para serem negadas. "Todo mundo pergunta sobre isso, e, em vez de ficar chateado, eu preferi fazer canções a respeito", diz. Além de "I'm Not My Brother", outra música em que ele aborda o mano é "He Was the King" (ele era o rei).
"No começo da minha carreira, era muito difícil, porque todo mundo queria que eu fosse como ele, e, embora haja semelhanças, você não pode ser como outra pessoa", conta.
Foi o incentivo da mãe, Paulina Nancy, que fez com que todos os cinco irmãos Cole aprendessem música. Freddy começou a tocar aos seis anos e tem lembranças de Nat o acompanhando a partidas de beisebol e futebol americano.
"Não fui exatamente o único influenciado por ele: até hoje, há músicos como John Pizzarelli que também mostram essa influência", diz. E, além do irmão, ele cita outros intérpretes, como Billy Eckstein e Frank Sinatra, como fundamentais em sua formação.
"No passado, havia mais cantores do que hoje", diz. "Como as pessoas tinham menos opções de lazer, acabavam indo ao night club ou a algum lugar para dançar. E, nesses lugares, havia sempre alguém tocando".
Da banda que o acompanha em suas apresentações por aqui, o baterista Curtis Boyd é quem está com Cole há mais tempo, tendo tocado no Brasil em outras oportunidades, enquanto Elias Bailey (baixo) e Randell Napoleon (guitarra) são aquisições recentes. "Eles são mais jovens e acabaram acrescentando um espírito mais jovial à banda", afirma o cantor e pianista, que acaba de gravar com eles o álbum "Music Maestro Please": "Não foi um disco muito pensado, não.
Entramos em estúdio e dissemos: vamos tentar essa, depois aquela etc.".
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